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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    TJ-GO rejeita pedido do MP para prender primo de Caiado

    Decisão foi tomada por unanimidade, referendando decisão da primeira instância

    O Tribunal de Justiça de Goiás rejeitou nesta quinta-feira pedido do Ministério Público do estado para prender Jorge Caiado, primo do governador Ronaldo Caiado.

    A 1ª Vara Criminal de Anápolis havia rejeitado em março a prisão de Jorge Caiado. O MP então recorreu e hoje o TJ-GO acabou por unanimidade referendando a decisão da primeira instância.

    Procurada, a defesa de Jorge Caiado não se manifestou sobre a decisão de hoje.

    O caso

    O MP pediu a prisão de Jorge após incluí-lo em uma denúncia de um crime político: o homicídio de um ex-coordenador da campanha de Ronaldo Caiado em 2018, que começou a fazer denúncias contra um importante aliado político do governador.

    Fabio Escobar, a vítima, foi um dos coordenadores da campanha de Caiado em Anápolis e foi assassinado com três tiros no dia 23 de junho de 2021 na cidade.

    O empresário Carlos Toledo, conhecido como Cacai, foi apontado na denúncia inicial, apresentada em dezembro de 2023, como autor intelectual do crime, efetivado por policiais militares, segundo a denúncia.

    Escobar acusava Cacai de desvios de recursos e de ter feito caixa dois na campanha de 2018. Cacai, depois da eleição, assumiu a presidência da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Goiás (Codego), cargo que deixou após uma operação policial no órgão.

    A denúncia apresentada em dezembro diz que “após o término das eleições de 2018, Fábio Escobar, inconformado com o descumprimento da proposta de cargo feita por “CACAI”, passou a divulgar nas redes sociais e imprensa local notícias de condutas reprováveis envolvendo Carlos César Savastano de Toledo”.

    O MP diz que “o denunciado Carlos Toledo revoltou-se com as acusações lançadas por Fábio Escobar, manifestando, frequentemente, a pessoas próximas, seu desejo ativo por vingança”.

    Essa primeira denúncia mencionava o primo de Ronaldo Caiado, mas não o incluía como acusado da trama. Acusava formalmente Cacai e três policiais. Diz inclusive que um deles matou sete pessoas posteriormente como “queima de arquivo” para evitarem serem pegos.

    Na época da denúncia, a CNN procurou a defesa de Cacai, que não se posicionou.