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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Servidores da Abin manifestam “indignação” com novo corregedor e pedem nome da CGU

    José Fernando Moraes Chuy não integra o quadro de pessoal da Abin e é delegado da PF

    A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN (Intelis), divulgou na tarde desta quarta-feira (31) uma nota na qual manifestam “sua indignação com a indicação do policial federal José Fernando Moraes Chuy para o mandato de Corregedor-Geral da Abin”.

    “Causa estranheza a atual Corregedora ser retirada do cargo a que poderia ser reconduzida quando as autoridades que possuem investigação em curso sobre a estrutura paralela que parasitou a Abin expressam a total cooperação da corregedoria do órgão no caso”, diz a nota.

    Chuy não integra o quadro de pessoal da Abin. Ele é delegado da Polícia Federal (PF).

    Conforme mostrou a analista da CNN Luisa Martins, a resistência a Chuy remonta a 2018, quando ele lançou o livro “Operação Hashtag – A primeira condenação de terroristas islâmicos na América Latina”. A percepção dos servidores é que o delegado minimizou a atuação da Abin no episódio.

    O delegado foi ainda chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a presidência do ministro Alexandre de Moraes – que, aliás, assina o prefácio do livro sobre a Operação Hashtag.

    Na nota, a Intelis diz que “além de mais um inequívoco sinal de desprestígio aos servidores da ABIN por parte de sua Direção-Geral, uma vez que a agência possui em seus quadros servidores aptos a ocupar a função, trata-se de um claro conflito de interesses, uma vez que o indicado é policial federal e oficial da reserva do Exército, e a 4ª fase da Operação Última Milha aponta policiais federais e um militar como figuras chave do esquema”.

    Diz ainda que “o indicado também não possui experiência em matéria correcional e nem em legislação afeita à Inteligência de Estado, o que levanta a necessidade de justificativa para o que parece violar o princípio da impessoalidade” e que “em demonstração de que não tememos um controle justo e bem feito, mas sim eventuais desvios de finalidade, perseguições ou parcialidade, caso a Direção-Geral do órgão realmente não vislumbre servidor orgânico da Abin apto a assumir o posto, solicitamos que seja indicado um servidor orgânico da CGU (Controladoria-Geral da União) para a função”.

    A CNN procurou José Fernando Moraes Chuy a direção da Abin e aguarda resposta

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