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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    PGR não pediu prisão de Bolsonaro por ida à embaixada da Hungria

    Parecer foi enviado nessa sexta-feira (5) ao STF; ministro Alexandre de Moraes vai continuar a analisar o caso na Corte

    Interlocutores do procurador-geral da República, Paulo Gonet, disseram a CNN que ele se manifestou contra a possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em razão de sua estadia na embaixada da Hungria, em Brasília.

    Segundo as fontes, Gonet entendeu que não houve indicativo de fuga na visita de Bolsonaro à embaixada, inclusive porque o passaporte do ex-presidente continua apreendido pela Polícia Federal.

    Bolsonaro passou duas noites no local logo após seu passaporte ser apreendido e ver aliados políticos serem presos. A informação foi revelada pelo jornal americano “The New York Times”, que apresentou uma série de vídeos do político no interior do prédio.

    Depois que caso veio à tona, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, deu 48 horas para Bolsonaro explicar a situação.

    Em resposta, a defesa do ex-presidente disse ser “ilógico” sugerir que a presença na embaixada da Hungria “fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga”.

    Moraes, então, pediu que a PGR emitisse opinião sobre às explicações. O parecer foi enviado ao STF nessa sexta-feira (5).

    Agora, depois das considerações de Gonet, Moraes vai continuar a analisar o caso no Supremo.

    A discussão gira em torno se Bolsonaro tinha a intenção ou não em pedir asilo ao ficar duas noites na embaixada da Hungria, em fevereiro.

    Bolsonaro não poderia ser preso numa representação estrangeira porque estaria legalmente fora do alcance das autoridades brasileiras.