Leite soube pela imprensa de agenda de Lula no RS, dizem aliados
Presidente e governador gaúcho se reúnam nesta quarta, no Palácio do Planalto; Leite, segundo seus interlocutores, tenta uma agenda oficial com Lula há alguns dias
O governador Eduardo Leite soube pela imprensa de uma nova ida do presidente Lula ao Rio Grande do Sul, segundo seus aliados disseram à CNN. A visita está programada para esta quinta-feira.
Leite, ainda segundo seus interlocutores, tenta uma agenda oficial com Lula há alguns dias.
Pediu para encontrá-lo nesta quarta-feira (5) em Brasília, mas não teve resposta ainda.
O governador foi a Brasília a convite da Ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, para participar de um evento em comemoração ao Dia do Meio Ambiente e pretende aproveitar para fazer encontros com autoridades.
A expectativa é de que, após o evento previsto para esta manhã no Palácio do Planalto, Leite e Lula se reúnam.
Leite também vinha tentando um encontro pré-agendado com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, para esta quarta-feira, às 8h. Mas na véspera a comitiva do governador foi informada de que a a agenda não foi confirmada.
A ideia era tratar de medidas para evitar demissões e falências de empresas. Como a CNN mostrou, os governos federal e do Rio Grande do Sul divergem sobre a melhor saída.
Estão previstas reuniões com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Com eles, a ideia é tratar de medidas fiscais que podem ajudar o estado na reconstrução.
O governador gaúcho afirmou em nota que pretende discutir duas pautas prioritárias para o Rio Grande do Sul:
- Programa para Manutenção de Empregos e Renda – apoiando empresas no pagamento da folha para evitar demissões. De um total de 505.759 CNPJs registrados na Junta Comercial no RS (descontadas as empresas individuais), observamos, por mapas de inundação e georreferenciamento, 35.719 em áreas que foram atingidas pelos alagamentos.
- Recomposição de Receitas do Estado e dos municípios. Projetamos perda de arrecadação até o fim do ano que pode alcançar R$ 10 bilhões. A manutenção de serviços críticos e essenciais à população depende da recomposição dessa receita perdida, que só a União tem capacidade de suportar.
Procurado, o Palácio do Planalto informou à CNN que o presidente deve se reunir com o governador no Rio Grande do Sul.
A CNN procurou também o Ministério do Trabalho, mas o órgão não se manifestou ainda.