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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Governo avalia rever leilão do arroz e fazer demissões

    Como mostrou a CNN na noite desta segunda-feira, empresários ligados a empresa deram informações contraditórias sobre a sua constituição societária

    O governo avalia rever o leilão do arroz importado e promover exonerações de servidores públicos que estariam envolvidos na organização do pregão eletrônico.

    O motivo é que, na avaliação de governistas ouvidos pela CNN, se tornou um constrangimento o que era para ser um grande lance do governo — apresentar uma solução para um possível desabastecimento de arroz no país após as enchentes no maior estado produtor do grão no país, o Rio Grande do Sul.

    Primeiro, porque agricultores gaúchos apontaram que não havia risco de desabastecimento e que, portanto, não havia necessidade de um leilão para importar o arroz.

    Além disso, a medida ampliou ainda mais o abismo entre o agronegócio brasileiro e o governo federal em um momento em que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, vinha trabalhando para aproximá-los.

    As fontes ouvidas pela CNN relatam também outro constrangimento: o leilão levantou suspeitas de fraude e alimentou a oposição, que pediu uma apuração ao Tribunal de Contas da União (TCU) por eventual fraude.

    São duas frentes que estão nesta linha de apuração: uma, com foco na maior arrematante individual do certame, a Wisley A. de Souza, cuja sede é uma pequena loja de queijos em Macapá e que teve seu capital social recentemente alterado; passou de R$ 80 mil para R$ 5 milhões uma semana antes do leilão.

    Como mostrou a CNN na noite desta segunda-feira, empresários ligados a empresa deram informações contraditórias sobre a sua constituição societária.

    Outra frente, a partir da revelação de que Robson França, ex-assessor do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, atuou como corretora em parte da venda.

    Fontes do setor informaram à CNN que pelas regras do mercado sua comissão no negócio pode passar de R$ 5 milhões.

    França é sócio de um filho de Geller em uma empresa no Mato Grosso.

    Além disso, ele trabalhou no gabinete de Geller junto com o diretor de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago dos Santos.

    Geller era um dos que, na noite de segunda-feira (10), segundo fontes do governo e do Congresso, balançavam no cargo, além de Thiago dos Santos.

    A CNN procurou na noite desta segunda-feira o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, do Desenvovimento Agrário, Paulo Teixeira, e o presidente da Conab, Edegar Prietto, além de Neri Geller, mas eles não se manifestaram.

    A CNN tenta contato com Thiago dos Santos e Robson França.

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