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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Funcionários apontam sucateamento da Abin após explosões

    Alerta foi feito dentro do contexto de que o homem alertou sobre atentado nas redes sociais

    Funcionários da Abin divulgaram na noite de quarta-feira (13), após um homem detonar explosivos na Praça dos Três Poderes, uma nota na qual dizem que o sucateamento do órgão afeta a atividade de inteligência do país.

    “Gostaríamos de lembrar à sociedade brasileira que, infelizmente, nosso órgão vem sendo continuamente sucateado e vive hoje um cenário alarmante, que cada vez mais dificulta nossa missão de garantir a segurança e a soberania do Brasil”, diz a nota redigida pelo Intelis, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin.

    O alerta foi feito dentro do contexto de que o homem-bomba havia feito alertas nas redes sociais de que cometeria um atentado.

     

     

    A nota ainda aborda que as principais questões que, se não resolvidas de forma urgente, “podem acabar inviabilizando completamente o serviço de Inteligência nacional”. E lista essas ações:

    • “Restrições cada vez maiores a ferramentas tecnológicas e bancos de dados;
    • Burocratização excessiva dos processos, engessando a produção;
    • Menor orçamento dos últimos 14 anos, se considerada a inflação
    • Falta de amparo legal e arcabouço normativo robusto;
    • Vacância de 80% dos quadros, que aumenta a cada dia;
    • Retirada do projeto de câmeras na esplanada de forma unilateral pela ABD (2);
    • Baixa participação efetiva da ABIN no G20, por limitações orçamentárias.”

    A nota diz também que “apenas a direção-geral do órgão poderá confirmar se este evento foi antecipado ou não, como ficou comprovado na CPI sobre o dia 8 de janeiro de 2023 que a Agência atuou de forma eficaz”.

    Eles disseram ainda que na entrada da sede do órgão há uma série de faixas já há algum tempo apontando a precariedade do serviço de inteligência no país.

    A CNN procurou a direção da Abin e aguarda um posicionamento.

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