“Ele era respeitado pela sociedade na época”, diz general responsável por nomeação de Rivaldo Barbosa
Delegado foi preso na mesma operação que deteve os irmãos Brazão, sob suspeita de planejar a morte de Marielle Franco
O então secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, responsável pela escolha de Rivaldo Barbosa para chefe da Polícia Civil no estado durante a intervenção militar em 2018 disse à CNN na manhã desta segunda-feira (25) que o delegado “era respeitado pela sociedade” na época da nomeação.
“Eu o chamei pelo histórico de apurações e solução de homicídios que ele tinha. Era muito respeitado por toda a sociedade do Rio de Janeiro na época. Estamos falando de março de 2018. Claro que não tinha as informações que temos hoje em março de 2024, disse Nunes à CNN.
O general afirmou ainda que ele não foi a única opção. “Ele não foi escolhido a dedo. Havia outros nomes, conversei com outros. Muitos declinavam. Outros tinham algumas questões. Contra Rivaldo não havia nada objetivo e concreto. Ele era altamente reconhecido. Elucidou o caso Amarildo, o caso Patrícia Soares. Era um policial com notoriedade”, disse.
Questionado sobre a nota de Braga Neto em que atribui a ele a nomeação de Rivaldo, Nunes respondeu: “Em nenhum momento essa responsabilidade foi atribuída a ele. A escolha foi feita por mim. Em nenhum momento eu ia me eximir dessa responsabilidade.”
Junto com os irmãos Chiquinho Brazão (União-RJ), deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), o delegado foi preso pela Polícia Federal (PF) neste domingo (24) sob a suspeita de ter atuado como mentor do assassinato da então vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.