Já se passaram quase dois meses desde que as cúpulas do Supremo e do Congresso se reuniram e anunciaram um acordo sobre a execução das emendas parlamentares. Era só um teatro.

Os dois poderes continuam a se enfrentar sobre o tema, e não há qualquer perspectiva de acordo real.

Hoje, depois de manter as emendas bloqueadas, o ministro Flávio Dino disse que atua independentemente de quaisquer consequências políticas.

O problema é que elas já estão aí. O Congresso avança com um pacote que restringe os poderes do Supremo.

E o Supremo mantém bloqueado o principal instrumento de poder do Congresso.

Ao fundo, não se trata de um debate sobre os limites da Constituição em cada caso. Mas até onde um poder tolera o poder do outro.