O Presidente do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos, Ronald Sanders, encaminhou na noite desta segunda-feira a convocação para uma reunião nesta quarta-feira às 15h dos países que integram o órgão com o objetivo de debater as eleições na Venezuela.

O pedido da reunião, como mostrou a CNN, foi encaminhado pelos Estados Unidos e mais dez países nesta segunda-feira. O Brasil não integra o grupo.

A expectativa do grupo de países é pelo menos iniciar uma discussão para aprovar uma resolução condenando o regime de Nicolas Maduro por fraude eleitoral, mas há dúvidas se há maioria para isso e também dos efeitos de uma eventual aprovação.

O motivo é que a Venezuela não integra mais na prática o colegiado e não haveria possibilidade de se defender. Além disso, temas relacionados ao país sempre são controversos nos debates no órgão. Países caribenhos por exemplo, que são maioria na OEA (são 14 países) costumam ter posições próximas ao regime chavista nos debates interno.

Esse contexto demandaria um esforço maior dos países que pediram a sessão especial obter a maioria necessária de 18 votos favoráveis a uma eventual resolução contra a Venezuela.

Formalmente, Cuba e Venezuela são Estados parte da OEA, mas na prática não participam. Ambos contam, porém, para cálculo de quórum e maioria. Por isso, a maioria é de 18, mas os que efetivamente participam são 32. De todos os países do continente, apenas Nicarágua não é estado-parte.

Por isso que a tendência, ao menos na manhã desta terça-feira, era de que nenhum projeto seja aprovado nem que haja uma declaração ou resolução sobre o tema. O mais provável é que os países que participem possam se pronunciar sobre o cenário.