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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Líbano pede e governo Lula articula envio de medicamentos ao país

    Estima-se que 5% da população brasileira seja de libaneses e descendentes, algo em torno de 10 milhões de pessoas

    O Líbano pediu e o governo brasileiro se mobiliza para tentar enviar medicamentos ao país.

    A informação foi confirmada à CNN pelo Itamaraty.

    O órgão informou à CNN ter recebido pedido do Líbano pedido para para doação de medicamentos, mas que está sendo avaliado ainda o que será possível atender.

    Quem está a frente da operação é a Agência Brasileira de Cooperação, órgão ligado ao Itamaraty responsável pelo fomento da cooperação internacional brasileira. Ela está em contato com as áreas do governo e tratando do pedido.

    A comunidade libanesa no Brasil explicou à CNN a campanha.

    De acordo com o Presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, Mohamed Zoghbi e da Unidos pelo Líbano, o sistema de saúde no Líbano está caótico.

    “Já era um caos e agora se agravou. Visitei os hospitais lá. Não tem remédio de hipertensão nem diabete e mais de um milhão de libaneses são hipertensos. Sem medicamentos, elas podem morrer. Por isso estamos movimentando a comunidade libanesa brasileira nessa campanha”, disse.

    Estima-se que 5% da população brasileira seja de libaneses e descendentes, algo em torno de 10 milhões de pessoas, segundo a própria entidade.

    Zogbi afirmou ainda haver receio de que os remédios não cheguem. “Vamos falar com laboratórios para comprar esse remédios e a ideia é que o Ministério da Saúde envie para que eles possam chegar porque há receio de que os remédios sejam enviados mas não cheguem ao destino.”

    Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah

    Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

    Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã. A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute.

    Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país. Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza.

    O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

    Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

    No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

    Um adolescente brasileiro de 15 anos morreu após um ataque aéreo israelense. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.

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