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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

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    Amcham: um terço das exportações do Brasil aos EUA está livre do tarifaço

    Entidade ressalta, porém, que os bens podem ter tarifas adicionais aplicadas sob outras legislações e devem ser analisados caso a caso

    Um estudo feito pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) aponta que um terço das exportações brasileiras aos Estados Unidos estão livres do tarifaço imposto na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    A nota técnica aponta que a ordem executiva assinada por Trump impondo tarifaço a diversos países trouxe em seu anexo uma lista de bens que não são alvos da medida.

    “No caso brasileiro, essa lista representa US$ 11,4 bilhões em importações pelos Estados Unidos (27% do total), sendo que 83,5% são de dois setores: “combustíveis minerais e madeira e obras de madeira”, diz o documento da Amcham.

    • Fonte: USITC

    A lista geral das exceções inclui por exemplo 47 produtos farmacêuticos, 374 produtos químicos orgânicos, 16 máquinas e materiais elétricos, 12 pedras e metais preciosos, 85 produtos químicos inorgânicos, dentre outros.

    A entidade ressalta, porém, que “esses bens podem ter tarifas adicionais aplicadas sob outras legislações e devem ser analisados caso a caso”.

    A Amcham fala ainda que, no geral, a lista de exceções inclui, dentre outros pontos, “bens que o Presidente dos EUA possui amplos poderes para lidar com ameaças à segurança nacional, por exemplo, bloquear ou restringir importações, exportações e transferências”, “financeiras de países, indivíduos ou entidades específicas”, “ouro em barra”, e “Energia e outros minerais específicos não disponíveis nos Estados Unidos”.

    A entidade diz que “no total, são 1.039 produtos que representam, em valor, ao redor de 20% de toda a importação dos Estados Unidos em 2024, ou US$ 655,4 bilhões.

    Desse total, a maior parte, 68,5% está concentrado em dois grandes setores: combustíveis minerais e produtos farmacêuticos”. A Amcham entende que isso deve reforçar a aposta do Brasil no diálogo com os Estados Unidos.

    “É incerto como os países reagirão às tarifas recíprocas aplicadas pelos Estados Unidos. Porém, a nova legislação do país desencoraja retaliações ao prever a possibilidade de aumentar o valor das tarifas em caso de reações desta natureza”, diz.

    Afirma ainda que “ao mesmo tempo, a nova regra deixa uma porta aberta para redução ou limitação do escopo das tarifas no caso de países que implementarem medidas “significativas” para corrigir barreiras e alinharem-se em questões econômicas e de segurança nacional com os Estados Unidos”.

    E conclui: “O cenário mais provável é um grande número de negociações sendo feitas entre Washington e os principais países, seja pelas tarifas recíprocas ou por outras investigações, com destaque para o do setor automotivo, medida que será analisada no próximo observatório.

    O Brasil possui mecanismos de diálogo estabelecidos com os Estados Unidos que podem ajudar em negociações futuras, como o Diálogo Comercial entre Ministérios de Comércio, a Comissão do Acordo para Comércio e Cooperação Econômica (ATEC) e o Fórum de CEOs.”

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