Coppolla: Não cabe ao Ibama atrasar exploração de petróleo na Foz do Amazonas
"Os órgãos de Estado sob liderança do poder Executivo devem se alinhar às políticas públicas estabelecidas pelo governo escolhido pela população"
Se a vontade e a determinação do governo Lula é explorar petróleo na região da foz do Rio Amazonas, não cabe aos radicais do Ibama atuarem para atrasar, impedir ou inviabilizar este objetivo legítimo, afirmou o comentarista Caio Coppolla no programa O Grande Debate desta quarta-feira (12).
“Se a vontade e a determinação do governo Lula é explorar petróleo na região da Foz do Rio Amazonas, e isso for autorizado por lei e tecnicamente viável, não cabe aos radicais do Ibama atuarem para atrasar, impedir ou inviabilizar este objetivo legítimo”, opinou.
“O Ibama é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, portanto subordinada à Presidência da República. Tanto que cabe ao presidente, eleito pelo povo, indicar quem serão as pessoas que irão comandar essas instituições. O que significa que, respeitados os limites da lei, os órgãos de Estado sob liderança do poder Executivo devem se alinhar às políticas públicas estabelecidas pelo governo escolhido pela população”, prosseguiu.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o que chamou de “lenga-lenga” na questão da exploração de petróleo na Margem Equatorial do Amapá. Segundo o presidente, o Ibama parece agir como se fosse contra o governo.
Para Coppolla, “independentemente da transição energética, a economia baseada em combustíveis fósseis, especialmente o petróleo, ainda vai perdurar por mais três, quatro ou cinco décadas. Ou seja, é um recurso natural tão valioso quanto água potável e terras agricultáveis”.
“Repetidamente, os técnicos do Ibama indeferiram pedidos da Petrobras para prospectar petróleo na região ou buscaram atrasar a iniciativa solicitando estudos complexos, muito além do que seria necessário e razoável. Por isso, que o Sr. Lula se referiu à atuação do Ibama como uma ‘lenga-lenga’”, defendeu.
“Claro que um empreendimento desse porte sempre vai ter alguma consequência para o meio ambiente ou pras comunidades locais, mas é por isso que a sociedade elege representantes para avaliar os prós e os contras e tomarem uma decisão soberana, porque ela emana do povo. O Ibama não pode usar a burocracia do Estado contra o interesse nacional, capitaneado pelo Governo. É antidemocrático”, concluiu.