Onde colocar o pé e a mão enquanto dirige? Não é tão óbvio!
Boris Feldman explica erros comuns e como evitar desgaste prematuro em componentes do veículo ao posicionar corretamente para condução
A posição correta das mãos e dos pés durante a condução de um veículo é um tema que, apesar de parecer óbvio, ainda gera dúvidas entre muitos motoristas. Boris Feldman, especialista do CNN Auto, aborda essa questão crucial para a segurança e manutenção do automóvel.
Segundo Feldman, um erro comum entre motoristas, mesmo os que se consideram experientes, é manter o pé esquerdo levemente apoiado no pedal da embreagem e a mão direita na alavanca de câmbio. Essa prática aparentemente inofensiva pode ter consequências negativas para o veículo.
Riscos do apoio inadequado
O especialista explica que, mesmo com uma pressão mínima, o pé no pedal da embreagem pode causar danos.
“Quando o carro passa por um obstáculo, uma descida, uma subida, uma vala, qualquer coisa dessas… Imperceptivelmente, o pé empurra um pouquinho o pedal da embreagem”.
Essa pequena força se multiplica, chegando até a embreagem e provocando um desgaste desnecessário e prematuro de todo o sistema, incluindo disco, rolamento e placa de pressão.
O mesmo princípio se aplica à mão direita quando apoiada na alavanca de câmbio.
Feldman adverte que esse hábito pode exercer uma força indesejada no mecanismo de troca de marchas, conhecido como trambulador, especialmente quando o veículo passa por oscilações na pista.
Posicionamento correto
A orientação do especialista é direta: o pé esquerdo deve permanecer no descanso, só tocando o pedal da embreagem quando for necessário utilizá-lo.
Quanto às mãos, a recomendação é mantê-las sempre no volante, garantindo melhor controle do veículo e evitando danos aos componentes internos.
Boris Feldman enfatiza que um bom motorista jamais mantém o pé encostado no pedal ou a mão apoiada na alavanca de câmbio durante a condução.
Essas práticas, além de potencialmente danosas ao veículo, podem comprometer a resposta rápida necessária em situações de emergência.
Adotar essas simples, mas importantes, mudanças de hábito pode contribuir significativamente para a durabilidade dos componentes do veículo e para uma condução mais segura e eficiente.