Conheça os riscos do reparo de roda de liga leve com solda
Boris Feldman alerta sobre os perigos da prática que pode comprometer a segurança nas estradas e ter consequências fatais
A reparação de rodas de liga leve com soldagem tem se tornado uma prática comum em diversas oficinas pelo Brasil, mas essa técnica pode ter como consequência perigos potencialmente fatais.
O especialista em automóveis Boris Feldman ressalta a gravidade da situação: “Quando a roda sofre um grave empeno ou até mesmo se quebra, algumas oficinas não hesitam em soldá-la. O problema é que isso pode gerar fissuras internas, invisíveis a olho nu“, observa.
Boris lembra o trágico acidente envolvendo o cantor Cristiano Araújo, cuja causa foi atribuída a rodas de liga leve que haviam sido reparadas. “A chance de ter uma fissura interna é muito grande e não é visível. Só é detectável por aparelhos de raio X ou ultrassom, que as fábricas de rodas de liga leve possuem”, alerta.
O especialista esclarece que pequenos danos superficiais podem ser reparados sem problemas. No entanto, quando há empenos graves ou quebras, a roda deve ser descartada. “Se a sua roda empenou, quebrou, faltou pedaço, é lixo. Ela não serve mais”, afirma.
Segurança em primeiro lugar
Embora as rodas de liga leve sejam elementos decorativos importantes para os automóveis, a segurança deve ser prioridade. “Ela vai ficar bonitinha depois de reparada, mas o bonitinho pode ter fissura interna e matar motorista e passageiros”, adverte Boris.
O especialista também faz um alerta aos proprietários de veículos que passaram por acidentes: “Se o seu carro tiver um acidente, quebrar uma roda e a companhia de seguro não autorizar a troca da roda, troque de companhia de seguro”.
A mensagem final é clara: quando se trata de rodas de liga leve danificadas, a substituição completa é a única opção segura. Qualquer tentativa de reparo por soldagem pode resultar em consequências trágicas, colocando em risco a vida dos ocupantes do veículo e de outros usuários da via.