Ar frio aumenta o consumo do carro, mas e o ar quente?
Especialista explica por que o ar quente não afeta o consumo do veículo, ao contrário do ar frio que exige mais do motor
O uso do ar-condicionado no carro é um tema que frequentemente gera dúvidas entre os motoristas, especialmente quando se trata do consumo de combustível. Boris Feldman, especialista em automóveis, esclarece uma questão comum: o impacto do ar quente no consumo do veículo.
É fato conhecido que o ar-condicionado frio aumenta o consumo de combustível do carro. Isso ocorre porque o sistema de refrigeração utiliza um compressor que exige mais potência do motor, resultando em maior gasto de combustível. No entanto, a situação é diferente quando se trata de ar quente.
Por que o ar quente não afeta o consumo?
Feldman explica que, ao contrário do que muitos pensam, o uso do ar quente no carro não aumenta o consumo de combustível. A razão é simples: o motor do automóvel, por natureza, gera calor durante seu funcionamento.
“O automóvel, mais do que um motor que faz as rodas rodarem, é uma geração de ar quente, geração de calor”, afirma o especialista.
O calor produzido pelo motor é tão intenso que necessita de um sistema de refrigeração com água e radiador para evitar o superaquecimento. Quando o motorista liga o ar quente, o sistema simplesmente desvia parte desse calor já produzido para o interior do veículo.
“Então basta você desviar uma parte do calor que o motor produz para dentro do carro que você produz ar quente gratuitamente”, esclarece Feldman.
Esta explicação desmistifica a crença de que todo uso do sistema de climatização do carro necessariamente implica em maior consumo de combustível. Enquanto o ar frio requer energia adicional para funcionar, o ar quente aproveita um recurso que já está sendo gerado pelo próprio funcionamento do motor, sem custos extras em termos de combustível.