Aproveite: carros diferentes podem ter peças idênticas
Especialista Boris Feldman analisa como as uniões entre fabricantes de automóveis podem beneficiar consumidores na hora de comprar peças de reposição
As recentes fusões entre grandes montadoras do setor automobilístico têm gerado impactos significativos no mercado, com implicações diretas para os consumidores. Boris Feldman, especialista da CNN, destaca como essa tendência pode ser vantajosa para os proprietários de veículos.
Nos últimos anos, o cenário automotivo global tem sido marcado por diversas uniões entre fabricantes. Um dos exemplos mais notáveis é a formação da Stellantis, que reuniu a PSA (Peugeot-Citroën) e a FCA (Fiat-Chrysler), além de outras marcas como Dodge e Alfa Romeo, totalizando mais de 10 marcas sob um mesmo guarda-chuva corporativo.
Compartilhamento de componentes
Feldman ressalta que, embora essas fusões possam gerar certa dependência do consumidor a um número menor de empresas, elas também trazem benefícios práticos. Um deles é a possibilidade de intercâmbio de peças entre modelos de marcas diferentes, mas pertencentes ao mesmo grupo.
‘Hyundai e Kia, por exemplo, compartilham muitos componentes. No grupo Stellantis, motores de Citroën podem ser os mesmos utilizados em modelos Fiat, Jeep ou na picape Toro’, explica o especialista.
Economia para o consumidor
Essa padronização de peças pode resultar em economia para o consumidor. Feldman cita o caso da Volkswagen e Audi: ‘No Brasil, foram produzidos o Golf e o Audi A3 com mecânica muito semelhante. As peças do Audi servem no Golf e vice-versa, mas o custo da peça Volkswagen, apesar de ser a mesma, é menor do que a peça do Audi’.
Assim, o consumidor pode se beneficiar dessa intercambialidade, optando por peças mais acessíveis sem comprometer a qualidade ou a compatibilidade com seu veículo. Essa vantagem se estende a diversas marcas e modelos, refletindo o lema ‘Unidos venceremos’ adotado pelas montadoras em suas estratégias de fusão e colaboração.