Valdemar manda tirar condenado por assassinar Chico Mendes do comando do PL de cidade do Pará
Presidente partido chama apoiador em Medicilândia (PA) de "indivíduo" e determina "imediata destituição"
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, tirou Darci Alves Pereira, condenado pela morte de Chico Mendes, da presidência do partido em um diretório no interior do Pará. Menos de 24 horas desde o início da polêmica na internet, Costa Neto divulgou que Darci Alves já não comanda mais o partido e também será desfiliado.
Pereira, que é mais conhecido como pastor Daniel, ocupava o cargo desde 2023. Em janeiro, ele foi empossado formalmente. A notícia veio à tona nesta terça-feira (27), o que gerou repercussão negativa para o partido que vem enfrentando crise e processo na justiça pela acusação de golpe no país.
Pastor Daniel foi condenado em 1990, junto com o pai, Darly Alves, pelo assassinato do ambientalista. Nas redes sociais, ele publicou foto com Jair Bolsonaro (PL), quando este ainda estava na presidência da República, em visita a Brasília. Também há imagens de Darci e amigos de partido vestidos de verde e amarelo. E ainda muitas mensagens em que ele se diz patriota.
Em nota divulgada na noite desta terça, Valdemar afirmou que “não tinha conhecimento de que Darci Alves Pereira, que assumiu recentemente a presidência do PL de Medicilândia, no interior do Pará, é o mesmo indivíduo condenado pelo assassinato do ambientalista Chico Mendes”.
O presidente nacional do PL agradeceu à imprensa por trazer o fato à tona.
“Diante dessas circunstâncias, recomendei ao presidente da estadual do PL do Pará, deputado Éder Mauro, a imediata destituição de Darci Alves Pereira do cargo, conhecido atualmente como Pastor Daniel”.
Nesta quarta-feira, em novo comunicado, Costa Neto reitera que não sabia da condenação de “Pastor Daniel” pelo assassinato do ambientalista Chico Mendes e informa as providências adotadas.
“Informo a todos que Darci Alves já foi destituído do cargo e o pedido de sua desfiliação já foi encaminhado ao TRE local”, diz.
A CNN tentou contato com Darci Alves, mas não obteve resposta.
