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    Basília Rodrigues
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    Basília Rodrigues

    Apura e explica. Adora Jornalismo e Direito. Vencedora do Troféu Mulher Imprensa e prêmios Especialistas, Na Telinha e profissionais negros mais admirados

    MPF negocia com empresas da Lava Jato e órgãos de controle para não ficar de fora de acordos de leniência

    Empresas Andrade Gutierrez, UTC, J&F, Camargo Corrêa, Novonor (antiga Odebrecht) e Braskem reclamam que os acordos assinados por elas no passado trazem termos e valores excessivos

    O Ministério Público Federal (MPF) acredita ter chegado a um consenso sobre os acordos de leniência com as empresas condenadas na Lava Jato, de acordo com integrantes da procuradoria responsáveis pela reformulação.

    Isso poderá significar o pagamento de um valor menor aos cofres públicos, desde que em comum acordo com outros órgãos de controle, como Advocacia Geral da União (AGU), Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU).

    As empresas, como Andrade Gutierrez, UTC, J&F, Camargo Corrêa, Novonor (antiga Odebrecht) e Braskem, reclamam que os acordos assinados por elas, no passado, trazem termos e valores excessivos.

    Estes acordos foram fechados em função da investigação que prendeu políticos e empresários acusados de negociar contratos públicos mediante o pagamento de propina.

    Para não ficarem fora da negociação, procuradores reconheceram que “é do jogo” refazer as contas levando em consideração “momentos econômicos” pelos quais o país passou nos últimos tempos.

    Uma fonte com acesso direto às conversas afirmou à CNN que “o MPF está dentro de todos os acordos do passado e também nos do futuro, e isso não irá mudar”.

    As empresas já tentaram firmar outras condições de acordo sem a participação do MPF, mas isso não as resguardariam de ficar livres de novos processos, pelos mesmos crimes investigados – reclamam os empresários.

    Em fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, realizou audiência de conciliação com as empresas e também MPF, AGU, CGU e TCU. O ministro fixou prazo de 60 dias para que os órgãos e os empresários chegassem a um acordo.

    Ele também suspendeu o pagamento de multas pela falta de quitação dos acordos já existentes.

    Fontes da PGR afirmam que a renegociação dos acordos de leniência já está muito avançada.