Líder do PL procura Bolsonaro para avaliar briga por CCJ na Câmara
Sóstenes Cavalcante deve conversar com Bolsonaro nesta quarta-feira (5) sobre a lista de comissões que o partido irá pleitear


A decisão do Partido Liberal (PL) sobre quebrar acordo com as outras bancadas e pleitear o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) irá passar pelo crivo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O novo líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), deve conversar com Bolsonaro, nesta quarta-feira (5), sobre a lista de comissões que o partido irá pleitear. Além da CCJ, há interesse nas comissões de Relações Exteriores e de Saúde.
Como maior bancada da Câmara, com 92 deputados, o PL tem prioridade na escolha de presidência das comissões.
Em 2023, o partido fechou acordo com o Partido dos Trabalhadores (PT) que permitia alternância no comando da CCJ. Tanto que no primeiro ano de governo, o petista Rui Falcão presidiu a comissão e, em 2024, foi ao vez do PL.
Agora, em 2025, com a mudança de presidente da Câmara e de lideranças dos partidos, há integrantes do PL que alegam que o jogo mudou, e o acordo valeria somente na configuração anterior e não até 2026.
A avaliação interna é que o PL deu um salto no andamento de propostas conservadoras e direita estando no comando da CCJ.
O principal tema foi a aprovação do projeto de lei da anistia, que estabelece o perdão aos condenados pelo 8 de Janeiro.
A proposta travou, porém, depois de o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), determinar abertura de comissão especial para análise do texto.
Além de Bolsonaro, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também está entre os que darão palpite no assunto. Brigar pela presidência da CCJ pode comprometer o PL no fechamento de outros acordos.