Governo cogita indicar uma mulher para o Desenvolvimento Agrário
Atual ministro da pasta, Paulo Teixeira, é bem avaliado por Lula, mas auxiliares do Planalto não descartam que ele seja incluído na reforma para dar lugar a uma mulher com bom trânsito entre os movimentos
O Palácio do Planalto consultou movimentos sociais sobre uma eventual indicação de uma mulher para o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). O nome da ex-presidente da Caixa Econômica Federal Maria Fernanda Coelho foi colocado à mesa.
Jornalista e especialista em finanças empresariais e em gestão pública, Maria Fernanda foi secretária-executiva da pasta no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), entre 2015 e 2016. Também esteve em cargos na Secretaria-Geral da Presidência, no Programa do Consórcio Nordeste e, na Caixa, conduziu o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
Entre os cenários possíveis de reforma ministerial, ela substituiria o ministro Paulo Teixeira (PT-SP) para ampliar a participação feminina nos ministérios e atenuar críticas contra a pasta.
O Desenvolvimento Agrário é um dos ministérios mais cobrados pela base eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ser responsável pelos pequenos agricultores e a reforma agrária.
Além de um lugar no primeiro escalão, o nome de Maria Fernanda também foi pensado para a secretaria-executiva da Secretaria de Relações Institucionais, junto com Gleisi Hoffmann (PT).
Funcionários da pasta avaliam que não veem razões para a saída de Paulo Teixeira que, apesar da pressão dos movimentos sociais, tem conseguido avançar em agendas. Na semana passada, o ministro esteve com Lula em um assentamento do Movimento Sem Terra (MST).
O ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência Paulo Pimenta, que segue na expectativa de uma nova indicação, também tem relação com os movimentos e já apareceu na lista de apostas para a reforma.