O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno, afirmou à CNN que o grupo de brasileiros deportados dos Estados Unidos, e que neste sábado (25) passou a ser de responsabilidade do governo brasileiro, terá a oportunidade de encontrar emprego no Brasil de “mãos livres”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu enviar avião da FAB para transportá-los de Manaus para Belo Horizonte, depois de tomar conhecimento de que corriam o risco de serem algemados pelas autoridades americanas.

“A Força Aérea não poderia faltar neste apoio aos nossos patrícios. São pessoas que regressam ao seu país, onde haverão de encontrar, de mãos livres, novas oportunidades de trabalho”, disse.

O fluxo de deportados entre os dois países é comum. Mas este grupo ganhou mais atenção por se tratar da primeira remessa de expulsos dos Estados Unidos dentro do governo Trump.

Lula foi informado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, da situação em que os deportados poderiam ser algemados, e determinou uma ação coordenada com Ministério da Defesa para assumirem a custódia dos brasileiros.

Como foram pegos sem visto legal, os deportados estavam detidos nos Estados Unidos à espera de uma chance para continuarem no país. Sem sucesso, porém, foram expulsos de volta para o Brasil.

Um voo da FAB fará o transporte deles até Minas Gerais, trajeto que fariam inicialmente em aeronave americana que precisou parar em Manaus para abastecer. Até que uma segunda aeronave fosse encaminhada pelos Estados Unidos, os brasileiros poderiam ser mantidos com mãos e pés algemados.

À CNN, neste sábado, a embaixada americana no Brasil informou que “os cidadãos brasileiros do voo de repatriação estão sob custódia das autoridades brasileiras. Continuamos em contato com as autoridades brasileiras a respeito do incidente”, se referindo ao pouso não previsto em Manaus (AM).