Presidente da Anfavea diz não acreditar em demissões em massa no setor automobilístico
Representantes de multinacionais trataram do assunto com Haddad nesta quarta
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, disse não acreditar na possibilidade de demissões em massa na principais montadoras do país.
Leite participou de um encontro, nesta quarta-feira (22), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a retomada da produção de automóveis.
“Não acredito (nas demissões). O Brasil já teve uma oportunidade muito grane de crescimento. Isso foi apresentado com exportações, lembrando que o que limitava nosso crescimento era a crise dos semicondutores”, afirmou.
Representantes de multinacionais como Volkswagen, Ford e Iveco também participaram da reunião.
As principais montadoras do país anunciaram a paralisação das atividades e deram férias coletivas para funcionários no início desta semana. É o caso da General Motors, Volkswagen, Hyundai, Mercedes-Bens e Stellantis.
Entre as companhias, a Hyundai concedeu férias coletivas de três semanas para os trabalhadores dos três turnos da unidade que produz os modelos HB20 e Creta em Piracicaba (SP).
A Stellantis deverá dispensar por 20 dias os funcionários do segundo turno da fábrica da Jeep em Goiana (PE) a partir desta quarta e, uma semana depois, os operários do primeiro e do terceiro turnos, por dez dias.
A General Motors anunciou a suspensão da produção da picape S10 e do SUV Trailblazer na planta de São José dos Campos (SP) de 27 de março a 13 de abril.
No fim de fevereiro a fábrica que produz os modelos das marcas francesas Peugeot e Citroën encerrou o segundo turno de trabalho em Porto Real (RJ) e antecipou a dispensa de 140 funcionários com contratos temporários.