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    Funcionários da Volkswagen em Taubaté entram em férias por falta de chips

    Esse é o sexto período de férias na Volkswagen de Taubaté (SP) somente em 2021. Por lá são produzidos os modelos Gol e Voyage

    Tamires Vitoriodo CNN Brasil Business , em São Paulo

    A escassez de semicondutores está atrapalhando a fabricação de uma série de produtos eletrônicos e de automóveis no mundo todo. O problema afeta diretamente as montadoras de carros.

    No Brasil, a Volkswagen anunciou neste domingo (26) que irá decretar férias coletivas para cerca de 800 trabalhadores (que correspondem a um turno da fábrica) da unidade de Taubaté, no interior de São Paulo, a partir da segunda-feira (27). A pausa irá durar dez dias.

    Segundo a companhia, em comunicado publicado no site do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindimetau), “a medida será aplicada mais uma vez pela falta de componentes, principalmente de semicondutores, que vem sofrendo oscilações no fornecimento e dificultando a produção mundial de veículos”.

    Esse é o sexto período de férias na Volkswagen de Taubaté somente em 2021. Por lá são produzidos os modelos Gol e Voyage.

    A Volks não é a primeira montadora a parar a fabricação de veículos no país.

    A Toyota, por exemplo, que produz o sedã Corolla em Indaiatuba, anunciou recentemente que a produção do veículo será suspensa entre 13 e 22 de outubro, período no qual os funcionários entrarão também em férias coletivas, causadas pela falta de semicondutores.

    Segundo uma pesquisa da KPMG divulgada em junho deste ano, a falta dos chips pode fazer a indústria automotiva perder US$ 100 bilhões. A consultoria sugere que as empresas do setor precisam “reavaliar com urgência seu modelo de negócios se quiser evitar problemas com o abastecimento de semicondutores”.

    Juntas, as montadoras são responsáveis por 10% das vendas globais de semicondutores, mas, apesar da pequena fatia de mercado, elas registraram cerca de 80% dos US$ 125 bilhões de perdas causadas pela falta de componentes necessários. Com a produção de veículos reduzida, o lucro também diminuiu.

    Em fevereiro, a Ford afirmou que pode perder de 10% a 20% de sua produção prevista para o primeiro semestre — e 50% no segundo semestre — pela falta de chips. A General Motors pode perder US$ 2 bilhões em lucro em 2021 e a Stellantis perdeu 11% de seus carros planejados para o primeiro semestre.

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