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    Dez lançamentos do Salão de Milão para o motociclista brasileiro ficar de olho

    Alguns modelos já têm lançamento confirmado no país, enquanto outros são fortes possibilidades

    Rodrigo Ginicolaboração para a CNN

    Novas motos para todos os gostos e bolsos. Assim pode ser resumido o Salão de Milão (EICMA) que, ao lado do Intermot, em Colônia, na Alemanha, se configura como principal palco para as fábricas mostrarem o que estará nas concessionárias pelo mundo em breve. Confira abaixo, dez máquinas apresentadas na Itália que, ou já estão a caminho nos próximos meses, ou contam com grande potencial para aparecer por aqui em um futuro não muito distante.

    Se houve tempos em que restava ao motociclista brasileiro apenas admirar as imagens e sonhar com o dia em que os modelos fossem lançados por aqui, a realidade mudou bastante nos últimos anos, assim como as opções à disposição.

     

    1 – Yamaha Téneré 700

    A bicilíndrica aventureira da marca japonesa com inspiração nos ralis e um nome que é pura tradição já havia carimbado o passaporte para desembarcar no Brasil em 2025 – a abertura da pré-venda está prevista para o primeiro trimestre do novo ano. No EICMA, a Yamaha revelou novidades para a máquina. O tanque foi redesenhado e avançado para favorecer a pilotagem tanto na terra quanto no asfalto; a suspensão dianteira agora é totalmente regulável. A iluminação na dianteira é garantida por quatro farois em LED posicionados dois a dois e um novo painel TFT de 6.3 polegadas em posição vertical marca presença. Além disso, uma versão com menor altura do assento em relação ao solo e suspensões de curso reduzido passa a ser opção para os mais baixos.

    2 – Honda XL750 Transalp

    Assim como a Ténéré, a Honda Transalp, em configurações anteriores, foi vendida no mercado brasileiro. Com um nome igualmente lendário, ela voltou às estradas e trilhas (lá fora) em 2023, inspirada na geração original, de 1986, mas, diferentemente da rival, não tem chegada confirmada no país. A oportunidade, no entanto, é boa demais para ser desperdiçada pela maior fabricante de motocicletas do planeta. Entre as opções on/off-road da marca, existe hoje um espaço inexplorado entre a dupla XR 300 Tornado / Sahara e a aventureira Africa Twin, de 1.100cc. Que pode perfeitamente ser ocupado por essa bicilíndrica equipada com o mesmo motor da Hornet; suspensão dianteira Showa e uma ciclística bastante esbelta.

    3 – Suzuki GSX-S1000GX

    A J.Toledo, representante da Suzuki no Brasil, confirmou a chegada da crossover GSX-S1000GX ao país no ano que vem. Se incorpora elementos aventureiros e um visual inspirado no off-road, ela é mais direcionada a longos passeios no asfalto, com conforto e performance – a V-Strom 1050 é o modelo da marca com maior vocação para a terra. Seu coração é o motor quatro cilindros em linha 998cc que já equipou as superbikes da Suzuki. A GSX-S1000GX inaugura o sistema SAES de suspensão, que controla eletronicamente o amortecimento e a pré-carga de acordo com a velocidade do veículo.

    4 – Morini X-Cape 650

    Ainda entre as aventureiras, a X-Cape 650 é um dos modelos que marcarão o início das operações da Moto Morini no país. A tradicional fabricante italiana hoje é controlada pelo grupo chinês Zhongneng e aposta no conceito Adventouring (a mistura de adventure e touring) para a máquina empurrada por um bicilíndrico refrigerado a água de 60cv. Linhas angulosas e com personalidade própria garantem o porte da X-Cape, com destaque para o conjunto formado pela carenagem generosa e o tanque de combustível de 18 litros. Freios Brembo e o painel TFT de 7 polegadas fazem parte do conjunto.

    5 – BMW Concept F 450 GS

    Como o próprio nome indica, temos aqui um conceito, e não uma moto de produção. A depender do discurso dos alemães, no entanto, é apenas questão de tempo para que uma versão definitiva seja oferecida aos consumidores, o que deve acontecer já em 2025. A ideia aqui é trazer o conceito das lendárias GS para um modelo de média cilindrada, mais acessível a motociclistas menos experientes, e igualmente com uma vocação on/off-road. O visual, com detalhes como a carenagem integrada ao tanque e a frente “bicuda”, reforça o parentesco com as irmãs maiores. O motor é um bicilíndrico com 48cv de potência. A promessa da BMW é de lançar um produto final muito próximo ao que foi apresentado, provavelmente trocando alguns componentes (rodas por exemplo) por alternativas mais baratas.

    6 – KTM 390 Adventure

    A marca austríaca que ganhou fama pela eficiência no off-road resolveu mexer em sua pequena aventureira, equipada com o mesmo monocilíndrico de 390cc presente na Duke. A geração anterior não se destacou pelo visual, que mais lembra uma moto de asfalto equipada com carenagem e alguns componentes para tentar passar uma impressão off-road. Para-lama elevado; carenagem inspirada nas máquinas de rally e linhas mais bem resolvidas conferem maior personalidade à pequena que, com preços competitivos, pode encontrar seu espaço em um segmento hoje dominado pela Honda Sahara.

    7 – Morini Seiemezzo

    Os italianos da Morini não pensam apenas em quem quer colocar as rodas na terra em sua seleção de modelos para o Brasil. A Seiemezzo (seis e meio, em português, referência aos 650cc do motor bicilíndrico) traz inspiração das Cafe Racer e das Scrambler, sem carenagem e grandes firulas, apostando na simplicidade e nas sensações de pilotagem (o conceito de Ride Freedom). Os 60cv disponíveis parecem suficientes para garantir a diversão.

    8 – Suzuki GSX-8R

    Também com início das vendas previsto para 2025, a GSX-8R é uma versão carenada e com uma pegada mais esportiva da GSX-8S, já disponível no Brasil. Os semiguidões e alguns ajustes na ciclística a diferenciam da irmã, embora com a mesma proposta de versatilidade. O motor é um bicilíndrico em linha com interessantes 83cv.

    9 – Triumph Tiger Sport 660

    A Tiger Sport 660 é a porta de entrada para a gama de motocicletas aventureiras da Triumph. Para 2025, ela ganha em tecnologia, com a adoção de um terceiro modo de pilotagem (Sport); além do cruise control e do controle de tração como itens de série. O motor tricilíndrico de 660cc entrega 81 cv, agora com um sistema de trocas rápidas de marcha (Triumph Shift Assist) para aproveitar ainda mais seu desempenho.

    10 – Ducati Panigale V2

    Opção da Ducati para o segmento das Supersport (as esportivas puras de cilindrada intermediária), a Panigale V2 chegou ao mercado trazendo as mesmas soluções tecnológicas e um visual inspirado na Panigale V4. Para 2025, a marca italiana resolveu caprichar ainda mais: desenvolveu um novo motor V2 de 890cc e 120cv, com ângulo de 90º entre os cilindros, 5,4 kg mais leve que o anterior. Também economizou peso no chassi monocoque, o que fez a máquina perder ao todo 15kg em relação à antecessora. A nova Panigale V2 ganha o mesmo sistema de trocas rápidas de marcha Ducati Quick Shift 2.0 da V4, além de um novo painel TFT de 5 polegadas. Um conjunto pronto para devorar quilômetros a altas velocidades que, por enquanto, não tem venda prevista no Brasil. Mas se encaixaria bem para brigar com rivais como a Triumph Daytona e a Kawasaki ZX-6R.

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