De assistente a robotáxi: conheça os 5 níveis de direção autônoma
Sistemas Adas já são disponíveis no Brasil, enquanto marcas como Tesla já oferecem direção 100% autônoma
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Aquilo que parecia cena de filme de ficção científica está cada vez mais próximo da realidade: a tecnologia de carros autônomos é uma das grandes apostas de montadoras e empresas de mobilidade como a Uber. No entanto, os sistemas de assistência ao motorista, conhecidos como Adas (Advanced Driver Assistance Systems), são muito amplos, e vários deles já estão disponíveis, inclusive no Brasil.
Existem níveis de direção autônoma para carros, que vão desde simples assistentes a recursos altamente tecnológicos. A escala foi estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE) criou uma escala que vai do nível zero ao cinco. No nível zero, o veículo não possui nenhum tipo de assistência, enquanto no nível cinco, o carro é totalmente autônomo.
Esses recursos não apenas aumentam a segurança nas estradas e cidades, mas também pavimentam o caminho para a tão esperada condução autônoma.
Uma das apostas é a dos robotáxis, carros 100% autônomos que realizam transporte de passageiros por aplicativo. A Tesla pretende iniciar, em junho de 2025, o serviço de robotáxi com modelos Cybercab em Austin, no Texas.
Apesar dos testes promissores, a tecnologia ainda enfrenta obstáculos significativos. Questões como a regulamentação, a infraestrutura necessária e a aceitação do público são barreiras que precisam ser superadas antes que os carros autônomos se tornem uma realidade comum nas ruas.
No Brasil, por exemplo, a legislação não permite que o condutor tire as mãos do volante, tornando irregulares os níveis três, quatro e cinco. O assunto é discutido atualmente em câmaras técnicas da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
Níveis de autonomia: do básico ao total
Nível 1
Encontramos sistemas básicos como o piloto automático, que mantém uma velocidade constante, e o alerta de permanência em faixa. Essas tecnologias, embora simples, já representam um avanço significativo em relação aos carros totalmente manuais.
Nível 2
Os veículos são capazes de assumir parcialmente o controle da direção, como no caso do controle de cruzeiro adaptativo, que ajusta a velocidade conforme o tráfego, e do assistente de permanência em faixa. No entanto, o motorista ainda precisa manter as mãos no volante e estar atento à estrada.
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Nível 3
Conhecido como automação condicional, permite que o motorista retire as mãos do volante em determinadas situações, mas exige que ele esteja pronto para retomar o controle quando solicitado. Até o momento, apenas o sistema Drive Pilot, da Mercedes-Benz, recebeu certificação para operar nesse nível — e apenas no estado de Nevada, nos EUA.
Nível 4
Os veículos podem operar de forma autônoma em áreas pré-determinadas, mas ainda exigem intervenção humana em condições adversas, como chuvas fortes ou neblina.
Nível 5
Representa a automação total, na qual o carro é capaz de dirigir em qualquer situação, sem a necessidade de um condutor humano.
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