BYD recebe primeiro navio próprio para exportar carros elétricos
Explorer No. 1 tem capacidade para 7 mil veículos e vai ajudar a ampliar exportações da BYD. Marca chinesa é a líder global de eletrificados
A gigante chinesa Build Your Dreams (BYD) surpreendeu novamente nesse começo de 2024 ao anunciar seu primeiro navio cargueiro próprio. Agora a montadora de veículos eletrificados inicia operação com frota própria, facilitando a exportação de produtos para Europa e outros mercados.
O BYD Explorer No. 1 é um navio cargueiro de contêineres de 200 metros de comprimento, 38 metros de largura e 9 metros de calado (profundidade útil do navio abaixo da linha do mar). Possui uma capacidade de carga de 7.000 toneladas, o que equivale a aproximadamente 7.000 veículos elétricos. O navio é flex: pode ser movido a gás natural liquefeito (GNL) e outros combustíveis fósseis.
E não para por aí: a embarcação é apenas a primeira de oito que chegam nos próximos dois anos. O navio foi entregue no porto de Yantai, na província de Shandong, no último 10 de janeiro. De lá, fez viagem inaugural para o porto de logística internacional de Xiaomo, Shenzhen, próximo da sede da BYD.
A chegada do Explorer No. 1 é mais um ponto importante na estratégia de expansão global da BYD. A chinesa pretende exportar modelos altamente tecnológicos para a Europa, como o novo sedã elétrico elétrico Yangwang U7, rival direto do Model S Plaid da Tesla. Também pretende vender o Yangwang U8, um SUV de luxo rival de Range Rover, além dos modelos como BYD Dolphin e Seagull.
Vendas aquecidas
O novo navio Explorer No. 1 chega num momento de êxito da indústria chinesa e da própria BYD. Em 2023, a indústria automobilística chinesa superou a japonesa no número de exportações. E a marca de Shenzhen conquistou o topo do ranking como maior fabricante de veículos eletrificados, superando a americana Tesla.
No entanto, os planos de expansão da BYD podem esbarrar no protecionismo europeu. Em setembro de 2023, a União Europeia iniciou uma investigação sobre os subsídios chineses a EVs, alegando que distorcem o mercado.