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    5 vezes em que as montadoras fizeram qualquer coisa, menos carros

    Grandes grupos automotivos globais têm capacidade para fazer diversos itens, alguns, inclusive, sem rodas

    Thiago Morenocolaboração para o CNN Brasil Business , em São Paulo

    Fazer um carro não é nada fácil. São milhares horas de engenharia para o desenvolvimento, além de anos de estudo de mercado e estratégias de marketing antes mesmo de qualquer item chegar às lojas. Por conta disso, as montadoras possuem times multidisciplinares, que poderiam desenvolver outros tipos de produtos.

    Mudar um pouco de ares também pode ajudar na imagem da marca, demonstrando a versatilidade e, algumas vezes, fabricantes de automóveis utilizam sua experiência em vários campos para desenvolver produtos que pouco têm relação com a base de seus negócios.

    Veja cinco vezes em que as montadoras usaram sua capacidade para entregar qualquer coisa, menos um carro:

    Iate Lamborghini

    [cnn_galeria active=”545614″ id_galeria=”545612″ title_galeria=”Lamborghini fez parceria para produção de iate”/]

    O mercado dos supercarros anda de mãos dadas com o de luxo. E nada lembra mais a ostentação do que um belo iate. A fabricante de esportivos italiana Lamborghini fez uma parceria com o estaleiro The Italian Sea Group, especializada em produtos náuticos, para a produção do Tecnomar Lamborghini 63, que foi comprado pelo campeão de UFC Conor McGregor.

    A embarcação foi inspirada pelo primeiro carro híbrido da montadora, o SIAN. Os detalhes das linhas angulosas do iate foram inspirados pelo superesportivo, assim como a curiosa tonalidade verde do casco, a mesma da carroceria do SIAN. A última semelhança entre os dois, porém, é o preço. Com apenas 63 unidades produzidas, o Lamborghini SIAN custou a partir de 3 milhões de euros. Já cada unidade do Tecnomar Lamborghini 63 saiu por 3,1 milhões de euros.

    Enquanto o esportivo combina um motor 6.5 V12 a gasolina de 785 cv a um elétrico para 34 cv adicionais, o Tecnomar Lamborghini 63 lança mão de dois propulsores MAN bi-turbodiesel de 12 cilindros em V cada. Somados, entregam 4.000 cv de potência. A autonomia é de 389 km e o iate pode levar até 12 pessoas, com velocidade máxima de 111 km/h.

    Iate Aston Martin

    [cnn_galeria active=”545620″ id_galeria=”545615″ title_galeria=”Aston Martin produz iate”/]

    Da mesma forma que a Lamborghini, os britânicos da Aston Martin também emprestaram a sua marca e conhecimentos para a produção de um iate. Chamado de AM37, a embarcação foi feita em parceria com a holandesa Quintessence Yatchs. O desenvolvimento começou em 2015, mas a primeira unidade foi entregue apenas em 2017.

    O casco é feito de fibra de carbono e o AM37 é uma embarcação de 37 pés (11 metros de comprimento). O acabamento interno traz elementos que podem ser customizados pelo serviço de pedidos especiais da Aston Martin, o “Q by Aston Martin”. A cabine pode trazer elementos adornados de madeira e até um timão que lembra os volantes dos esportivos da marca.

    Em termos de desempenho, o AM37 tem três opções de potência: dois motores Mercury diesel de 370 cv, dois Mercury diesel de 430 cv ou dois Mercury Racing a gasolina de 520 cv na versão AM37S. Com isso, a Quintessence anuncia uma velocidade máxima também de 111 km/h. No entanto, seu preço não foi revelado.

    Barco Mercedes-AMG

    [cnn_galeria active=”545625″ id_galeria=”545623″ title_galeria=”Mercedes-Benz faz barco”/]

    Mais uma que recorreu aos mares foi a AMG, divisão de alta performance responsável por criar os carros mais rápidos da Mercedes-Benz. Porém, com um histórico de competições, a empresa não recorreu a um iate de luxo, mas sim a uma embarcação de competição. A marca tem uma longa relação com a equipe Cigarrete Racing, e dessa vez não foi diferente.

    Com a inspiração no Mercedes-AMG GT Black Series, nasceu o Cigarette 41’ Nighthawk. Trata-se de uma embarcação de corrida de 41 pés (12,5 metros), que trouxe a mesma pintura Magmabeam do carro, combinando laranja e preto. O barco também conta com alguns emblemas “Mercedes-AMG” no casco.

    Enquanto o Mercedes-AMG Black Series tem um motor 4.0 V8 biturbo a gasolina de 730 cv, o Cigarette 41’ Nighthawk traz 5 – isso mesmo, 5 – propulsores 4.6 V8 a gasolina da Mercury Racing. Com isso, ele entrega nada menos que 2.250 cv de potência, o suficiente para que a embarcação atinja 145 km/h de velocidade máxima sobre a água.

    Bicicleta Bugatti

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    Em 2017, a Bugatti saiu dos caríssimos e exclusivos carros esportivos de alto luxo e apresentou uma bicicleta. Mas não era qualquer bicicleta. Trata-se da PG Bugatti bike e quem quis pedalar numa delas teve que desembolsar US$ 39 mil. Aparentemente, você pode tirar os carros de luxo da Bugatti, mas não o luxo.

    Um dos principais motivos pelo qual a PG Bugatti Bike tinha um valor tão elevado é que, assim como os carros esportivos da marca, a bicicleta também fez uso apenas de materiais exóticos. Todos os componentes, exceto pelos pneus, são de fibra de carbono, incluindo a correia que faz a vez da corrente de transmissão.

    Por conta disso, ela pesa somente 5 kg. Contando também com um quadro aerodinâmico e fabricada na Alemanha, a bicicleta foi pensada para competições, sendo que apenas 667 unidades foram feitas.

    Jatinho da Honda

    [cnn_galeria active=”545678″ id_galeria=”545676″ title_galeria=”Honda produz aviões”/]

    Enquanto barcos esportivos, iates de luxo e bicicletas de competição impressionam, pode-se dizer que nenhuma outra montadora de automóveis alçou voos tão altos quanto a Honda, literalmente. Além de carros e motocicletas, a marca japonesa se propôs um desafio muito maior: entrar no mundo da aviação.

    Em 2003, subiu aos céus pela primeira vez o HondaJet, protótipo do primeiro avião da empresa e feito pela divisão Honda Aircraft Company da marca. No entanto, a primeira entrega para os consumidores teve início somente em 2015, e a produção durou até 2018, após 105 unidades terem sido comercializadas.

    O HondaJet contava com duas turbinas GE Honda com 930 kgf de empuxo cada. Com uma fuselagem mesclando liga de fibra de carbono e alumínio, além de uma aerodinâmica aprimorada, o jatinho particular tinha teto operacional de 43.000 pés, ou 13,1 km. A velocidade máxima de cruzeiro chegava a 781 km/h.

    Mas 2018 não marcou o fim do legado aeronáutico da Honda, que continuou evoluindo o HondaJet. Em 12 de outubro, a empresa revelou o HondaJet 2600, que ainda não tem previsão para ser entregue. O numeral do nome é uma menção ao alcance do avião, de 2.600 milhas náuticas, ou cerca de 4.800 km. Com isso, a novidade estaria a par da autonomia de concorrentes mais famosos, como o Gulfstream G300 e o nacional Embraer Phenom 300e.

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