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    Eleições 2024: TSE cria observatório de combate à violência política de gênero

    O novo órgão garantirá prioridade a casos de violência política de gênero nos tribunais eleitorais

    Estadão Conteúdo

    A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anunciou na terça-feira (6) a criação de um observatório para combater a violência política de gênero e estimular a participação de mulheres na política.

    “O discurso de ódio contra mulheres é vil, cruel, sexista, misógino, especialmente devastador, não apenas para a mulher, mas para a sua família”, disse Cármen Lúcia ao anunciar a criação do novo órgão. “É uma forma de garrotear a liberdade e até o dever das mulheres de participarem.”

    Uma das atribuições desse novo órgão será mapear e monitorar casos de violência política de gênero, entre denúncias e ações em andamento, para garantir que eles tenham prioridade nos Tribunais Regionais Eleitorais e no próprio TSE.

    A portaria que cria o Observatório dos Direitos Fundamentais Políticos da Mulher já foi assinada. A Justiça Eleitoral ainda vai divulgar detalhes para entidades da sociedade civil que tenham interesse em participar da iniciativa.

    A fraude à cota de gênero é um dos temas mais recorrentes no TSE desde que foi aprovado o percentual mínimo de candidaturas femininas.

    Desinformação

    O TSE também lançou uma campanha de combate à desinformação no período eleitoral. Denúncias de fake news serão recebidas pelo número 1491.

    Os ministros aprovaram em fevereiro uma resolução que regulamenta o uso de inteligência artificial nas campanhas. Um dos pontos do texto proíbe expressamente a disseminação de fake news manipuladas por inteligência artificial, as chamadas deep fakes, considerado um dos principais desafios contemporâneos da Justiça Eleitoral.

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