Confusões e indefinições marcam convenções para candidaturas a prefeito de SP
Agora, partidos têm até o dia 15 de agosto para registrar os nomes dos candidatos na Justiça Eleitoral
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Veja quem são os candidatos e candidatos a prefeito de São Paulo • Arte CNN
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Altino Prazeres é o candidato do PSTU para a Prefeitura de São Paulo • Divulgação
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Bebetto Haddad é o candidato do DC à Prefeitura de São Paulo • Divulgação
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Guilherme Boulos é candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo • 06/04/2024 - Leandro Paiva/Imprensa Guilherme Boulos
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João Pimenta é candidato à Prefeitura de São Paulo • Divulgação/PCO
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José Luiz Datena (PSDB) é candidato à Prefeitura de São Paulo • Reprodução
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Marina Helena é candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo • Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
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Pablo Marçal é o candidato pelo PRTB à Prefeitura de São Paulo • Divulgação
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Ricardo Nunes é candidato do MDB para concorrer à reeleição • Divulgação
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Ricardo Senese é o candidato do UP à Prefeitura de São Paulo • Divulgação
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Tabata Amaral é candidata pelo PSB à Prefeitura de São Paulo • Billy Boss/Câmara dos Deputados
As convenções partidárias, iniciadas em 20 de julho e que terminam nesta segunda-feira (5), foram marcadas por confusões e indefinições entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo.
Antigos aliados, Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB) tiveram seus eventos acontecendo simultaneamente em 27 de julho, mas com desfechos distintos.
Antes mesmo de o evento dos tucanos começar no auditório da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o conflito interno no partido já foi levado à Justiça.
O ex-presidente do diretório municipal do partido na capital paulista, Fernando Alfredo, judicializou a aprovação do nome de Datena pelo colegiado nacional da federação PSDB-Cidadania, que aconteceu um dia antes.
Alfredo pedia a realização de prévias e o cancelamento da convenção. Além disso, dizia que a confirmação antes do evento violava a lei eleitoral.
Sem uma decisão oficial para seus questionamentos, a convenção aconteceu da mesma forma, mas não sem uma confusão generalizada tomar conta da cerimônia.
Liderados por Alfredo, o movimento intitulado “Militância Tucana” usava camisas com dizeres “respeitem nossa história” e tentava invadir auditório. Após muito bate-boca e empurra-empurra, foram impedidos de entrar.
Ao chegar ao local, Datena criticou os revoltosos. “Isso não é democracia. Nós não temos medo de combater essa gente. Por isso que queremos chegar à prefeitura de São Paulo”, afirmou o apresentador.
Agora, o PSDB abriu um processo de expulsão de Alfredo. Ele é acusado no conselho de ética tucano de insinuação considerada homofóbica e outra por infidelidade partidária. A decisão caberá à executiva municipal, sendo possível entrar com recurso no diretório estadual da sigla.
Tabata sem acordo com o PSDB e sem vice
O objetivo inicial da então pré-campanha de Tabata Amaral era ter Datena como seu vice.
Mesmo com a troca do PSB pelo PSDB, a deputada federal mantinha seu desejo de contar com o apresentador em sua chapa – o que, no fim, não foi possível.
Durante a convenção do PSB, que aconteceu na quadra da escola de samba Rosas de Ouro no mesmo dia do evento do PSDB, Tabata se ateve em apresentar seus projetos para a cidade ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, ambos do seu partido.
Mas, até então, o anúncio de quem será o vice não aconteceu.
União Brasil com Nunes
Após muita negociação e declarações públicas, o União Brasil fechou apoio para a candidatura à reeleição do prefeito Ricardo Nunes.
O acordo foi fechado no último sábado (3), pelo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, que também preside o diretório municipal do partido.
“Estamos firmes, com o propósito de vencer essas eleições. Mostrar no debate, prefeito [Ricardo Nunes], que nós somos melhores que eles”, disse Leite na ocasião.
No entanto, antes da decisão, Leite e Nunes estavam com a relação balançada. No começo de julho, o presidente da Câmara afirmava que o clima entre os dois estava “péssimo”.
Com isso, o partido inclusive deliberou um eventual apoio à candidatura do empresário Pablo Marçal (PRTB). Mas, no fim, a união prevaleceu.
Nunes e Boulos sobem no palanque com cabos eleitorais
Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) tiveram suas convenções marcadas pelas presenças de seus principais cabos eleitorais – o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), respectivamente.
No último dia 20, Boulos foi oficializado pelo PSOL em evento que contou com a participação de Lula no Expo Center Norte, na zona norte da capital paulista. Indicada pelo PT, a ex-prefeita Marta Suplicy é a vice na chapa.
Já no último sábado (3), foi a vez do MDB oficializar a candidatura do prefeito Ricardo Nunes em evento no estacionamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
A convenção da legenda contou com as presenças dos ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB), além da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O coronel Mello Araújo (PL), com indicação de Bolsonaro, é o vice – ele também estava presente na convenção.
Desistência de Kim Kataguiri
Enquanto o apoio do União Brasil a Nunes não estava definido, o deputado federal Kim Kataguiri se adiantou e anunciou “voto útil” no prefeito.
Isso aconteceu após Nunes ter se comprometido a apoiar duas medidas de seu plano de governo:
- investimento na vacina contra o crack e a cocaína;
- e o Projeto Sonho Grande, que visa levar os melhores alunos da rede pública da São Paulo para visitar a Nasa.
A decisão de Kim foi anunciada durante sua desistência de disputar o Executivo municipal. Ele disse ter sido “desistido” e sabotado pelo partido.
O deputado se colocava como pré-candidato desde o segundo semestre de 2023, mas nunca recebeu apoio oficial de sua legenda.
Marçal ataca Nunes e Boulos
No último domingo (5), ao oficializar sua candidatura, o empresário Pablo Marçal (PRTB) atacou Nunes e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, que foi confirmado em 20 de julho.
Para Marçal, que buscou o apoio de Jair Bolsonaro (PL) e aliados do ex-presidente durante sua pré-campanha à prefeitura, Nunes não tem presença de comando e a cidade vive um abandono.
Já sobre Boulos, o empresário criticou seu parecer a favor do arquivamento de ação contra André Janones (Avante-MG), acusado de “rachadinha”, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e disse que o candidato do PSOL “jogou fora” seu futuro político.
A CNN procurou a campanha de Boulos sobre as falas de Marçal e aguarda resposta. A campanha de Nunes afirmou que não vai comentar.
Troca inesperada
O DC oficializou no domingo um nome diferente do que estava sendo anunciado como pré-candidato até então.
O partido era representado pelo empresário Fernando Fantauzzi, mas mudou de ideia na última sexta-feira (2) e lançou o também empresário Bebetto Haddad para a disputa.
De acordo com a sigla, a troca de nomes foi uma “decisão consensual”, informando que Fantauzzi é um empresário com agendas internacionais e que a campanha “demanda muito da presença do candidato em São Paulo”.
O partido também justificou que “Bebetto tem grande experiência política e que, neste caso, representaria melhor a cidade”.
Outros candidatos
A disputa pela prefeitura de São Paulo também terá os nomes, já oficializados nas convenções de seus partidos, de Marina Helena (Novo), Altino Prazeres Júnior (PSTU) e Ricardo Senese (UP). O PCO lançou o nome de João Pimenta, mas ainda não confirmou se a convenção foi realizada.
O que acontece agora?
Os partidos têm até o dia 15 de agosto para registrar os nomes dos candidatos na Justiça Eleitoral.
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