Influenza A: o que é, sintomas, riscos e como prevenir
Segundo o Ministério da Saúde, a influenza A é o principal vírus responsável pelas epidemias de gripe; idosos estão entre o grupo de risco para complicações, como pneumonia
O apresentador Silvio Santos, 93, está internado com Influenza A. A informação foi confirmada pelo SBT em comunicado divulgado no programa Chega Mais, nesta quinta-feira (18). Em nota, a emissora diz que o apresentador está sendo medicado e está bem.
“O SBT confirma que nosso amado Silvio Santos está com influenza A. Ele está sendo medicado em um hospital. A família agradece o carinho de todos conosco e ficamos na torcida. Ele está internado, mas está bem”, diz o comunicado.
A influenza A é um tipo do vírus da gripe encontrado em várias espécies de animais, além dos seres humanos. Ele pode ser classificado em dois subtipos — H1N1 e H3N2 — e costumam circular de maneira sazonal, sendo mais comum nas estações mais frias do ano, como outono e inverno. Segundo o Ministério da Saúde, a influenza A é o vírus responsável pelas grandes pandemias de gripe, como ocorreu em 2009, com a H1N1 (na época, conhecida como “gripe suína”).
A principal forma de transmissão da influenza A é por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, tossir ou falar. Também pode ocorrer de forma indireta, após contato com superfícies contaminadas ou ao levar a mão com vírus à boca, nariz e olhos.
Sintomas de influenza A
Os sintomas da influenza A são os típicos da gripe e incluem, segundo o Ministério da Saúde:
- Febre;
- Dor de garganta;
- Tosse;
- Dor no corpo;
- Dor de cabeça.
Outros sintomas podem aparecer subitamente, como calafrios, mal-estar, dor muscular, dor nas juntas, prostração e secreção nasal excessiva. Em alguns casos, diarreia, vômito, rouquidão e olhos avermelhados podem ser surgir, apesar de serem sintomas menos comuns.
Idosos possuem maior risco de complicações
Algumas pessoas estão em maior risco de complicações dnza A, como idosos e crianças menores de 2 anos, além de indivíduos com doenças crônicas. Os principais riscos, segundo o Ministério da Saúde, são decorrentes da gripe, incluindo:
- Pneumonia bacteriana;
- Sinusite;
- Otite;
- Desidratação;
- Piora das doenças crônicas.
Segundo a pasta, as pneumonias são as principais responsáveis pelas internações hospitalares por influenza no Brasil.
Como é feito o tratamento?
De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento da influenza pode ser feito com o uso do antiviral Fosfato de Oseltamivir, indicado para os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de Síndrome Gripal (SG) com condições ou fatores de risco para complicações. O tratamento com o medicamento deve ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
Além disso, o repouso e a hidratação intensa são recomendações importantes para a total recuperação da influenza A. Para amenizar sintomas como febre e dor, podem ser indicados anti-inflamatórios não esteroides, como aspirina e ibuprofeno, segundo o Manual MSD. Paracetamol também é uma alternativa para o tratamento.
Prevenção
A principal forma de prevenção da influenza A é a vacina da gripe. A imunização previne casos graves e óbitos e deve ser aplicada anualmente, devido à constante mutação dos vírus influenza. Por isso, todos os anos, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe.
Neste ano, a vacina contra a gripe aplicada no SUS (Sistema Único de Saúde) durante a campanha de vacinação foi a trivalente. Ela protege contra três cepas diferentes do vírus, responsáveis pela maioria dos casos atualmente: a Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.
Já na rede privada, é possível encontrar a versão quadrivalente do imunizante, ou seja, que protege contra quatro cepas: além das três citadas acima, protege também contra a Influenza B. Saiba tudo sobre a vacina da gripe aqui.
Além da vacinação, outras medidas preventivas são importantes, como lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal; manter os ambientes bem ventilados; evitar locais aglomerados; usar máscaras; adotar hábitos saudáveis de alimentação e exercícios físicos.