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    Veja o que significa a expressão “selva” utilizada em troca de mensagens entre Cid e Bolsonaro

    Para PF, utilização do jargão reforça ciência do ex-presidente acerca de leilão de kit de joias do acervo presidencial

    Manoela Carluccicolaboração para a CNN , São Paulo

    Nesta segunda-feira (8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo sobre um processo que investiga o possível desvio de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro.

    A investigação apura se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-assessores desviaram o acervo presidencial de peças presenteadas a ele enquanto ainda estava em exercício.

    O relatório destaca uma conversa entre Bolsonaro e Mauro Cid. Na troca de mensagens o coronel encaminha um link de um leilão online de um kit de joias recebido pelo Executivo brasileiro e recebe como resposta de Bolsonaro a palavra “selva”.

    Cid enviou link de leilão de joias diretamente a Bolsonaro, que respondeu: “Selva” / PF

    O uso desse termo é um jargão militar. De acordo com o Exército Brasileiro, a saudação surgiu nos primeiros dias no Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus. De forma que a expressão era utilizada quando os soldados queriam saber o destino das viaturas que deixavam o quartel.

    “Não tinha ficha de viatura, fazendo com que o militar do portão das armas perguntasse o destino das viaturas que saiam do quartel. Quase sempre, recebia uma resposta apressada e lacônica — Selva! — era seu destino. A resposta curta, tão repetida, fez-se saudação espontânea e vibrante, alastrou-se, expandiu o seu significado, ecoou por toda a Amazônia contagiando a todos com o mesmo ideal.”

    De acordo com o relatório da PF, o fato de Bolsonaro ter utilizado “a expressão ‘Selva’ reforça a utilização deste jargão para confirmar sua ciência de que o KIT OURO ROSÉ fora exposto a leilão”.

    Bolsonaro publica no X e diz que PF fará novas correções

    O ex-presidente Jair Bolsonaro publicou no X após o STF retirar o sigilo sobre o inquérito que apura possíveis desvios das joias sauditas.

    Bolsonaro destacou o erro da Polícia Federal no relatório (que corrigiu o valor supostamente desviado de R$ 25.298.083,73 para R$ 6.826.151,661). “Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias “desviadas” estão na CEF [Caixa Econômica Federal], Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo”, escreveu Bolsonaro.

     

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