Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA aumentam e mercado de trabalho desacelera
Relação vaga/desemprego está próxima de sua média de 1,19 de 2019
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou na semana passada, apontando para o enfraquecimento das condições do mercado de trabalho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 4.000 na semana encerrada em 29 de junho, para 238.000 em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho na quarta-feira (3).
O relatório foi divulgado um dia antes devido ao feriado do Dia da Independência na quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam 235.000 pedidos na última semana.
Os pedidos de auxílio passaram para o limite superior de sua faixa de 194.000 a 243.000 neste ano, em parte devido a um aumento nas demissões uma vez que a taxa de juros mais alta diminui a demanda, bem como às dificuldades de ajustar os dados às flutuações sazonais durante os feriados.
A volatilidade pode persistir após o feriado de 4 de julho.
Normalmente, os fabricantes de automóveis deixam as fábricas de montagem ociosas para revisões no verão, mas o momento é incerto.
O mercado de trabalho está esfriando de forma constante, com o governo informando na terça-feira (2) que havia 1,22 vaga de emprego para cada pessoa desempregada em maio.
A relação vaga/desemprego está próxima de sua média de 1,19 de 2019.
O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse na terça-feira que a economia estava de volta a uma “trajetória desinflacionária”, mas que as autoridades precisam de mais dados antes de reduzir os juros.
Os mercados financeiros continuam otimistas quanto à possibilidade de o banco central dos EUA iniciar seu ciclo de afrouxamento monetário em setembro.
O Fed tem mantido sua taxa de juros de referência na faixa atual de 5,25% a 5,50% desde julho passado, após um total de 525 pontos-base de aumentos desde 2022 para eliminar a inflação.