Legislativo da Venezuela quer retirar convite para UE observar eleições
Pedido acontece depois que o bloco europeu decidiu manter sanções contra vários funcionários do Conselho Nacional Eleitoral (CNE)
A Assembleia Nacional da Venezuela decidiu solicitar nesta terça (14) ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que rejeite a participação da União Europeia como observador independente nas eleições presidenciais no país, que estão previstas para 28 de julho.
O presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, propôs aos deputados que enviassem um comunicado em nome da Junta Diretora da Assembleia Nacional para Elvis Amoroso, presidente do CNE, para retirar o convite ao bloco europeu por serem “grosseiros, bastardos, canalhas, ilegais, ilegítimos”.
A CNN entrou em contato com representantes da União Europeia e aguarda o retorno.
As novas acusações de Rodríguez acontecem depois que a UE decidiu, na segunda-feira (13), retirar sanções contra Amoroso e outros três ex-funcionários do CNE: Socorro Elizabeth Hernández, Xavier Antonio Moreno e Leonardo Enrique Morales.
No entanto, o bloco manteve medidas contra vários outros funcionários, além da restrição de venda de armas para a Venezuela.
Amoroso rejeitou a decisão do bloco e a qualificou de imoral, pois, para ele, as sanções devem ser retiradas para todo o país.
A medida prevê a suspensão temporária das restrições de viagem a estas pessoas, para que a UE possa estabelecer uma missão de observação das eleições presidenciais.