Desmatamento na Amazônia tem queda de mais de 20%, diz Inpe
Dados divulgados nesta quarta-feira (8) apontam queda de 9,2% no desmatamento do Pantanal
O desmatamento nos nove estados da Amazônia Legal teve queda de 21,8% no período de agosto de 2022 a julho de 2023, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quarta-feira (08). Foram desmatados 9.064 km² da Amazônia nesse período, cerca de 2.500 km² a menos que o registrado entre agosto de 2021 e julho de 2022.
O sistema Prodes apontou que, nos 70 municípios considerados prioritários para o combate ao desmatamento, que concentram 75% da derrubada em 2022, houve queda de 42%. Essa redução é equivalente a quase o dobro da taxa em toda a Amazônia Legal.
A queda foi maior nos últimos nove meses (de agosto de 2023 a abril de 2024), quando foram registrados 2.686 km² na Amazônia Legal, redução de 55% em relação ao mesmo período anterior, de acordo com dados de alertas de desmatamento, o Deter.
Queda do desmatamento no Pantanal
Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os dois estados que abrigam o Pantanal, considerado pelo sistema, o desmatamento foi de 723 km², entre agosto de 2022 e julho de 2023. Foi registrada queda de 9,2% em relação à taxa de agosto de 2021 a julho de 2022.
Mais da metade (52,8%) do desmatamento do bioma ocorreu em Corumbá (MS), entre 16 municípios que registram perda de vegetação.
Primeiros dados de vegetação nativa não floresta
Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o desmatamento de vegetação nativa não florestal na Amazônia foi de 584,9 km², queda de 19,5% em relação ao mesmo período em 2022 e 2021. Essa é a primeira vez que o Inep divulga esse tipo de vegetação no bioma.
Essa vegetação representa 6,6% do bioma Amazônia e, até então, não era monitorada, apesar de representar um território maior do que o estado de São Paulo.
“A área não florestal, no bioma Amazônia, inclui formações como o lavrado em Roraima, trechos de cerrado no sul do Amazonas, em Rondônia e Mato Grosso, e áreas de várzea ao longo da calha do Rio Amazonas”, informa o Ministério do Meio Ambiente.