Ucrânia relata menos ataques terrestres russos, mas bombardeios preocupam
Estado-Maior ucraniano afirma que militares da Rússia parecem estar se reagrupando para retomar esforços por conquista de territórios
Os militares ucranianos relataram menos ataques terrestres russos nas últimas 24 horas, mas disseram os bombardeios persistem em muitos lugares ao longo das linhas de frente no leste e sul do país.
O quadro geral sugere linhas de frente relativamente estáticas, com as forças russas ainda incapazes de tomar cidades e vilarejos que atacaram pela primeira vez há um mês.
Em sua atualização operacional desta sexta-feira (6), o Estado-Maior da Ucrânia indicou que as forças russas pareciam estar se reagrupando e os esforços para conquistar território estavam confinados a algumas áreas, como Popasna, na região de Luhansk.
Serhii Hayday, chefe da administração militar em Luhansk, disse que Popasna “é bombardeada 24 horas por dia. O inimigo ataca diariamente em batalhões inteiros. A cidade está quase destruída”.
O contato com os poucos civis na cidade foi perdido, disse Hayday. Ele acrescentou que batalhas intensas continuaram em torno de Voyevodivka.
Listando uma série de outras cidades nas regiões de Luhansk e Donetsk, como Severodonetsk e Avdiivka, o Estado-Maior disse que “o inimigo não conduziu hostilidades ativas”.
No sul, as forças ucranianas disseram que os russos “não conduziram hostilidades ativas e mantiveram as fronteiras ocupadas, fortaleceram seus sistemas de defesa aérea e dispararam contra as posições de nossas tropas”.
Na área onde as regiões de Kherson e Mykolaiv se encontram, os russos realizaram reconhecimento aéreo, segundo o Estado-Maior. Ambos os lados tentam tomar território na área, com os russos tentando avançar para o norte e os ucranianos tentando ameaçar o controle russo de Kherson, importante ligação com a Crimeia.
Na quinta-feira (5), jornalistas russos relataram que a bandeira russa havia sido hasteada na cidade de Snihurivka, na região de Mykolaiv.
Relatórios das regiões também sugerem que a maior parte da atividade russa tem sido na forma de ataques de mísseis e artilharia.
Enquanto isso, um míssil de cruzeiro atingiu Pokrovsky, que fica no interior de Dnipropetrovsk, danificando a linha de energia local, segundo o conselho regional.
As forças russas apontaram esporadicamente mísseis contra a infraestrutura na região de Dnipropetrovsk, mas não controlam nenhuma parte da região, de acordo com as forças ucranianas.