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    Brasileiros acusados de assassinar policiais franceses vão a júri no Amapá

    Crime aconteceu em 2012, quando os franceses desciam de rapel de um helicóptero em uma área de garimpo e foram atingidos por tiros de fuzil

    Vianey Bentesda CNN , Brasília

    A Justiça Federal do Amapá determinou nesta terça-feira (3) que dois brasileiros acusados de terem matado a tiros dois policiais franceses sejam julgados pelo Tribunal do Júri na próxima quarta-feira (4). Eles são acusados, ainda, por tentativa de homicídios de outros 22 homens.

    Ronaldo Silva Lima, conhecido como “Brabo”, e Manoel Moura Ferreira, conhecido como “Manoelzinho”, foram acusados de terem assassinado, com tiros de fuzil, em junho de 2012, Sebastien Pissot e Stéphane Moralia. Ambos faziam parte do Gendarmerie, um grupamento que integra a Força Nacional Francesa.

    Os policiais franceses foram mortos no instante em que desciam de rapel de um helicóptero, numa área de exploração ilegal de ouro, em Dorlin, no município de Maripasoula, no sudoeste da Guiana Francesa.

    “Manoelzinho” e “Brabo” foram presos um mês após os crimes, num hotel na capital amapaense de Macapá, pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope).

    No entanto, Manoel Moura Ferreira, que estava preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), morreu no início deste ano – após dar entrada no hospital com dificuldades respiratórias. Por causa disso, o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça que seja declarada extinta a punibilidade do réu.

    Já Ronaldo Silva Lima, que segue preso no Iapen, deverá participar presencialmente do julgamento. Para isso, o juiz determinou que seja providenciada escolta para levá-lo até o local.

    O magistrado de ligação da França no Brasil, Alain Zakrajsek, deve acompanhar o julgamento, devido ao especial interesse no caso pelos franceses.

    Na região onde ocorreram os crimes, a cerca de 200 km de Caiena – capital da Guiana Francesa -, à época, funcionavam vários garimpos ilegais de ouro em plena floresta.

    Segundo as investigações, “Manoelzinho” chefiava o bando criminoso mais conhecido daquela região e teria dominado todos os garimpos clandestinos após ficar famoso por ter massacrado um bando rival.

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