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    Líder da Coreia do Norte é visto em teste de armas disparadas em águas orientais

    Kim Jong Un apareceu em fotografias sorrindo e batendo palmas enquanto observava dois projéteis sendo disparados; este é o 12º teste bélico da Coreia do Norte em 2022

    Yoonjung SeoJessie Yeungda CNN

    A Coreia do Norte disparou dois projéteis em águas ao leste da Península Coreana na noite deste sábado (16), de acordo com os militares sul-coreanos. Este é o 12º teste do país no ano.

    Imagens publicadas no domingo pelo jornal estatal norte-coreano Rodong Sinmun mostraram o líder do país, Kim Jong Un, sorrindo e batendo palmas enquanto observava o teste de disparo que o jornal chamou de “nova arma tática”.

    Os projéteis foram disparados da área de Hamhung, na Coreia do Norte, por volta das 18h, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

    Os projéteis voaram cerca de 110 quilômetros a uma altitude de 25 quilômetros, com velocidade máxima de 4900 hm/h, segundo os sul-coreanos.

    Neste domingo (17), a mídia estatal norte-coreana KCNA informou que Kim havia observado o disparo de teste de uma “arma guiada tática de novo tipo”, que foi “realizada com sucesso”.

    A KCNA afirmou que a nova arma impulsionou as “unidades de artilharia de longo alcance da linha de frente” do país e aumentou a eficiência “na operação de armas nucleares táticas da Coreia do Norte e na diversificação de suas missões de poder de fogo”.

    Imediatamente após o lançamento, as forças armadas da Coreia do Sul, as agências de inteligência e o Escritório de Segurança Nacional realizaram uma reunião de emergência para avaliar a situação e discutir contramedidas, de acordo com o comunicado do Estado-Maior Conjunto.

    O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, está recebendo relatórios em tempo real do Escritório de Segurança Nacional e ordenou que seus ministérios inspecionem os movimentos da Coreia do Norte, relatou a porta-voz de Moon, Park Kyung-mee.

    “Estamos cientes da declaração norte-coreana de que eles conduziram um teste de um sistema de artilharia de longo alcance. Analisamos todas as atividades em estreita coordenação com nossos aliados e parceiros”, disse um porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA.

    Duyeon Kim, membro sênior adjunto do Center for a New American Security, disse que a Coreia do Norte tem como objetivo fabricar mísseis que possam escapar dos sistemas de defesa, com “recursos que podem voar sob os radares dos EUA e da Coreia do Sul”.

    “Esses tipos de mísseis são especialmente ameaçadores para a Coreia do Sul e para o Japão e são armas que podem ser usadas ou até mesmo iniciar um conflito”, disse ela.

    Ankit Panda, membro sênior de Stanton no Carnegie Endowment for International Peace, acrescentou que esta foi a primeira vez que a Coreia do Norte “atribuiu especificamente um papel de armas nucleares táticas para um míssil em um teste”.

    A Coreia do Norte aumentou seus testes de mísseis este ano, incluindo seu primeiro míssil balístico intercontinental (ICBM) em mais de quatro anos no dia 24 de março, desafiando a lei internacional.

    Apenas nos primeiros quatro meses de 2022, o país realizou 12 testes; em comparação, realizou apenas quatro testes em 2020 e oito em 2021.

    O ICBM foi relatado como o mais formidável até agora — embora especialistas em mísseis e um oficial militar sul-coreano tenham dito mais tarde que pode ter sido uma arma menos avançada do que se acreditava anteriormente.

    Duyeon Kim disse que os testes podem ter vários propósitos: um deles é uma mensagem ao povo norte-coreano de que “seu país é forte apesar de suas aparentes dificuldades econômicas”.

    A Coreia do Norte também tem “um imperativo doméstico de fabricar e aperfeiçoar os tipos de armas avançadas que Kim Jong Un encomendou no ano passado”, disse ela.

    Este ano é importante para o país devido a várias datas importantes — incluindo o aniversário de 10 anos do governo de Kim Jong Un e o 110º aniversário do nascimento de seu fundador Kim Il Sung, um dos eventos mais importantes do Calendário norte-coreano.

    Lee Sang-hyun, presidente do instituto sul-coreano Sejong Institute, disse que Kim pode estar sob pressão “para mostrar suas conquistas”.

    Outra razão para os testes recentes pode ser um protesto contra os exercícios militares conjuntos de EUA e Coreia do Sul que devem ocorrer este mês, disseram especialistas.

    A Coreia do Norte há muito tempo condena esses exercícios conjuntos como uma grave ameaça à sua segurança, acusando os EUA de uma “política hostil” em relação ao país.

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