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    Governo bloqueia R$ 1,7 bilhão em emendas de relator para cumprir teto de gastos

    Mecanismo esteve no centro do debate político no ano passado, com questionamentos sobre falta de transparência e suspeita de troca de recursos por apoio parlamentar

    Bernardo Caramda Reuters , da Reuters

    O governo decidiu bloquear 1,7 bilhão de reais em emendas parlamentares indicadas pelo relator do Orçamento de 2022 com o objetivo de cumprir o teto de gastos, atingindo recursos usados pela classe política para financiar obras em suas bases eleitorais.

    A decisão, publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira, foi tomada após o Ministério da Economia identificar que a estimativa de gastos do ano estava acima do limite previsto pela norma fiscal.

    “Esse bloqueio incidirá inicialmente sobre os recursos de emendas de relator-geral (RP9), como meio para adequação do Orçamento ao teto”, disse o Tesouro em nota.

    Segundo o órgão, o decreto que trata do bloqueio ainda não traz o detalhamento de quais áreas do governo serão atingidas por essas limitações de verba.

    Com a definição, o valor total das emendas de relator liberadas para 2022 deve passar de 16,5 bilhões de reais para 14,8 bilhões de reais. O bloqueio poderá ser revertido ao longo do ano se o governo constatar que foi aberto espaço no teto de gastos.

    O Tesouro ressaltou que está em tramitação no Congresso um projeto que estabelece critérios para o bloqueio orçamentário em caso de necessidade. Se os parlamentares alterarem o texto impedindo bloqueios de emendas, por exemplo, o corte anunciado nesta semana precisará ser alterado.

    O mecanismo da emenda de relator esteve no centro do debate político no ano passado, com questionamentos sobre a falta de transparência na liberação das verbas e suspeita de troca de recursos por apoio parlamentar.

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