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    Ajuda bélica à Ucrânia é limitada em qualidade e sofisticação, diz especialista

    Na avaliação de Salvador Raza, em entrevista à CNN, apoio logístico não é suficiente para deter ofensiva russa

    Ludmila CandalRenata Souzada CNN , em São Paulo

    No fim do oitavo dia de confrontos na Ucrânia, as tropas russas seguem interiorizando os conflitos enquanto se aproximam da capital, Kiev. Em entrevista à CNN, o especialista em segurança internacional Salvador Raza afirmou que a ajuda internacional com doações de armamentos não é suficiente para impedir a ofensiva do exército de Vladimir Putin.

    “Mesmo que a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e outros [aliados] consigam mandar armamento, ele será limitado, tanto em qualidade quanto em sofisticação, para enfrentar o exército russo, que está se emassando”, avaliou.

    Desde o primeiro dia de invasão, na última quinta-feira (24), os militares ucranianos –e até civis– combatem na tentativa de impedir que a capital seja tomada pelos russos. Diante da resistência, especialistas analisam que as forças russas intensificam suas forças.

    “Quando a gente fala ‘a Rússia está escalando o conflito’, o que a gente observa é que ela está escalando no sentido de dentro da mesma estratégia. Não parece que ela está usando nem armas muito mais sofisticadas ou poderosas, que ela tem, nem ampliando a área”, explicou Raza.

    Apesar da resistência ucraniana, o exército russo é superior. Enquanto no começo da guerra, a Rússia possuía 840 mil soldados na ativa, a Ucrânia tinha 219 mil. Em relação às aeronaves de combate, eram 1.212 russas contra 170 ucranianas.

    Frente ao cenário atual, o especialista em segurança afirmou que neste momento é importante para os ucranianos “não deixar que a Rússia tenha superioridade aérea, porque se ela realmente conquistar o espaço aéreo, aí não tem mais jeito”.

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