Asilo em embaixadas é estratégia recorrente de ex-presidentes; relembre alguns casos
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na missão diplomática da Hungria no Brasil em fevereiro
A revelação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na embaixada da Hungria em Brasília após a deflagração de uma operação da Polícia Federal (PF) levou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedir explicações sobre o motivo da visita.
Segundo reportagem do New York Times, fontes da embaixada perceberam que pode se tratar de um pedido de asilo.
Relembre casos de ex-presidentes que recorreram a essa estratégia
No dia 20 de abril de 2005, o Congresso do Equador destituiu o presidente Lucio Gutiérrez, que pediu asilo ao Brasil. O vice-presidente, Alfredo Palacio, adversário de Gutiérrez, assumiu o Poder Executivo.
O ex-chefe de estado se refugiou na residência da embaixada brasileira em Quito enquanto esperava garantias para se locomover até o aeroporto e embarcar para Brasília.
Ele chegou ao Brasil a bordo de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira)
Em 2018, o ex-presidente do Peru, Alan García, pediu asilo na embaixada do Uruguai em Lima após ter sido proibido de sair em meio a uma investigação por supostos subornos pagos pela construtora brasileira Odebrecht. O pedido, porém, foi negado.
Em 2022, o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, recebeu asilo na Bélgica após ser preso em seu país e condenado a oito anos de prisão por corrupção.
Já em fevereiro deste ano, a Nicarágua garantiu asilo ao ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli, condenado a 10 anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro, além do pagamento de multa estimada em US$ 19 milhões (cerca de R$ 94 milhões).