Vacinação de crianças sem comorbidades é suspensa na cidade do Rio de Janeiro
Calendário será retomado quando a prefeitura receber mais doses do ministério da Saúde; imunização de menores com 5 a 11 anos com comorbidades continua
A vacinação infantil contra a Covid-19 está suspensa na cidade do Rio de Janeiro por falta de doses. A capital, que vacinaria a partir desta terça-feira (1°) crianças de 7 anos ou mais sem comorbidades, aguarda o envio de nova remessa de imunizantes por parte do ministério da Saúde.
De acordo com comunicado nesta segunda-feira (31), a vacinação com a primeira dose continuará disponível para pessoas com 12 anos ou mais e crianças de 5 a 11 anos com deficiência e/ou comorbidades.
Também continua disponível a aplicação de segunda dose, dose de reforço para pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a segunda dose há pelo menos quatro meses e dose adicional para pessoas com 18 anos ou imunossupimidas que tenham recebido três doses no esquema primário.
De 1° a 30 de janeiro de 2022, a capital fluminense registrou mais de 13 mil casos de Covid-19 em crianças de 0 a 9 anos. O quantitativo do mês é superior ao registrado nos dois últimos anos inteiros.
Em 2021, foram 2.462 crianças que testaram positivo para Covid-19, enquanto, em 2020, mais de 2.700 infectados por Covid-19 tinham até 9 anos.
Na faixa etária de 10 a 19 anos, o número de casos registrados em janeiro, no município, é superior ao registrado nos dois anos anteriores somados. Neste mês de janeiro, foram quase 18 mil crianças e adolescentes infectados com Covid-19. Os anos inteiros de 2020 e 2021 somaram 11.317 casos positivos.
Na capital fluminense, 151.321 crianças de 5 a 11 anos já receberam a primeira dose de imunizantes contra o coronavírus, cerca de 25% do total.
Procurado pela CNN, o Ministério da Saúde afirma que “já distribuiu mais de 491,7 mil doses de vacinas pediátricas contra a Covid-19 para o estado do Rio de Janeiro. Nos próximos dias, cerca de 400 mil doses serão enviadas para o estado, responsável pela distribuição aos municípios.”
Embora os estados tenham autonomia para definirem o calendário de vacinação, “a pasta reitera a importância de cumprir as orientações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) afim de garantir a vacinação completa de toda a população brasileira.”
“Desde o início da Campanha de Vacinação contra a Covid-19, as doses são distribuídas de maneira proporcional e igualitária, pactuadas de forma conjunta entre o ministério e representantes dos estados, municípios e o Distrito Federal”, finaliza.
(*Com informações de Camille Couto e Beatriz Puente)
(*Sob supervisão de Isabelle Resende)