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    “Autoteste pode ser usado em crianças”, diz pediatra

    Professora da FMUSP afirma que é necessário continuar a tradição de vacinar crianças

    Artur Nicocelida CNN , São Paulo

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso de autotestes de Covid-19 no Brasil, na última sexta-feira (28). A autorização do órgão permite a comercialização dos testes em farmácias e estabelecimentos de saúde. E as crianças, assim como os adultos, podem ser testadas.

    Ana Escobar, pediatra e professora da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), em entrevista à CNN, diz que as crianças dificilmente desenvolvem a forma grave da Covid-19, “mas elas podem transmitir como qualquer pessoa”.

    E testar, segundo a especialista, ajuda à identificar a doença e, ao mesmo tempo, preservar a comunidade e os familiares.

    Vacinar crianças

    A pediatra também afirma que não é necessário a prescrição médica para a vacinação. “Nunca foi exigido um pedido médico para tal, e devemos continuar a tradição de vacinar crianças”.

    Para Ana, os pais precisam entender a responsabilidade do ato de não vacinar os filhos. Mais de 10 milhões de crianças já foram vacinadas pelo mundo

    Ela também adverte que, apesar da vacina contra o coronavírus não fazer parte do Programa Nacional de Imunização, “o imunizante já é reconhecido por todas as autoridades como necessária para a segurança da saúde; então os pais devem vacinar seus filhos”.

    Vale destacar que há dois imunizantes disponíveis para a maior parte dessa faixa etária: o da farmacêutica Pfizer e a Coronavac, do Instituto Butantan.

    As crianças de 5 anos e as imunossuprimidas de 5 a 11 anos só podem receber o imunizante da Pfizer, enquanto as demais podem ser protegidas também pela Coronavac.

    Lever os filhos para a escola

    O governo do estado de São Paulo publicou no Diário Oficial no último sábado (29) uma resolução que torna obrigatória a apresentação de comprovante de vacinação completa contra a Covid-19 ou atestado que evidencie contraindicação no segundo bimestre de 2022 nas escolas estaduais.

    E a pediatra vê a medida como positiva “porque é um dever dos pais e um direito das crianças receberem a vacina”.

    “É devastador a falta da escola na vida das pessoas”, comenta a pediatra. “Dessa forma, mesmo que algumas crianças ainda não tenham tomado a primeira dose, é seguro levar os filhos para estudar presencialmente, pois os funcionários e os colegas de sala estarão imunizados”.

     

     

     

     

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