Economia do Brasil cresceu 1,8% em novembro, indica Monitor do PIB da FGV
Alta reverte tendência de queda e estagnação que vinha sendo registrada desde abril
A economia brasileira cresceu 1,8% em novembro, em relação a outubro. O dado é do Monitor do PIB, divulgado nesta quarta-feira (19) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Com o resultado, o trimestre móvel encerrado no penúltimo mês do ano apresenta queda de 0,3% em relação ao terminado em agosto.
O consumo das famílias, componente com maior participação na demanda, cresceu, embora venha em taxas decrescentes. Nele, o principal destaque foi o ritmo do setor de serviços, que experimenta expansão em meio ao avanço da imunização contra a Covid-19.
No âmbito da oferta, a FGV apontou alta nos serviços e na indústria, enquanto a agropecuária registrou baixa. O Monitor do PIB procura antecipar movimentos e tendências da atividade econômica brasileira, que tem seus dados oficiais produzidos e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Responsável pela pesquisa, o economista Claudio Considera, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) destacou que o resultado de novembro reverteu uma tendência de queda e estagnação do indicador, que vinha desde abril.
“Quando analisado o resultado acumulado no trimestre, o ele não é tão bom, retração de 0,3%. Ele significa, na verdade, uma recuperação dos serviços, graças à vacinação. As pessoas saem mais, podem ir ao bar, restaurante, viajar, se hospedar em hotéis”, afirma o especialista.
Considera apontou ainda que o crescimento projetado pelo instituto para o PIB de 2021 é de 4,6%. Isto ainda depende agora dos números de dezembro. “Crescimento maior que a queda de 4,2% observada em 2020, em relação a 2019. Então, você recupera um pouco da queda de 2020, mas sobra pouco de crescimento real, que deve ser algo como 0,6%”, conclui.