Análise: novo depoimento de Mauro Cid aumenta pressão sobre investigados
Novo depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está agendado para o dia 11 de março
Ao marcar um novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, a Polícia Federal busca mais detalhes sobre o suposto plano de golpe para manter Bolsonaro no poder. A oitiva também vai jogar pressão sobre outros investigados.
Ouvir Mauro Cid é visto, na PF, como uma oportunidade de colocar uma nova peça no jogo, diante da proximidade do militar com o ex-presidente e os muitos anos de serviço prestados à presidência. A delação é um processo contínuo e este não deve ser o último depoimento de Cid no caso.
A defesa de Mauro Cid alega que ele não tem nada a esconder e reitera que a postura é colaborativa, sem risco de anulação da delação porque o tenente coronel estaria disposto a sempre colaborar.
O novo depoimento terá como objetivo esclarecer lacunas sobre mensagens encontradas nos celulares e documentos de Cid.
O depoimento acontece após os ex-comandantes do Exército, Freire Gomes e da Aeronáutica, Carlos Baptista, confirmarem reuniões com Bolsonaro para discutir o teor de minutas golpistas.