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    Veículo espacial chinês de missão lunar tripulada ganha nome: “Nave dos Sonhos”

    China não divulgou uma data para sua esperada missão lunar tripulada, mas disse que aconteceria até 2030

    Simone McCarthyda CNN

    A agência espacial da China revelou os nomes das espaçonaves que espera levar astronautas chineses à Lua até o final da década.

    Em um comunicado de imprensa durante o fim de semana, a agência espacial para missões espaciais tripuladas da China (China Manned Space Agency, a CMSA) disse que o desenvolvimento estava “progredindo bem” na espaçonave Mengzhou, ou “Nave dos Sonhos”, no módulo de pouso, Lanyue, ou “Abraçando a Lua”, e em um foguete transportador super pesado chamado Long March 10.

    As naves fazem parte de um programa ambicioso que Pequim espera que confirme seu status como uma grande potência espacial.

    A China não divulgou uma data para sua esperada missão lunar tripulada, mas disse que aconteceria até 2030, com o objetivo de se tornar apenas o segundo país a pousar astronautas na Lua.

    A espaçonave Mengzhou é composta por um módulo de reentrada que abrigará os astronautas e servirá como centro de controle, e um módulo de serviço para sistemas de energia e propulsão. O veículo terá quase 9 metros de comprimento e pesará 22 toneladas métricas, segundo a mídia estatal.

    O módulo lunar Lanyue acomodará dois astronautas e um rover de 200 quilogramas, segundo relatos.

    Os nomes das naves foram escolhidos por um grupo de especialistas a partir de quase 2 mil propostas solicitadas ao público, de acordo com a agência espacial.

    “Lanyue” apareceu pela primeira vez em um poema escrito pelo fundador da República Popular da China, Mao Zedong, em 1965, e “simboliza a aspiração e a confiança do povo chinês em sua exploração do universo e expedição à Lua”, disse a agência.

    O nome Mengzhou está ligado ao “sonho da nação chinesa de pousar na Lua”, acrescentou.

    O programa espacial de Pequim há muito tempo está associado ao “sonho chinês” do líder Xi Jinping de “rejuvenescer” o país e alcançar um lugar de poder e prestígio globalmente, incluindo em suas capacidades tecnológicas.

    As ambições lunares da China surgem à medida que mais países elevam seus programas espaciais, visando aos potenciais benefícios científicos, prestígio nacional e acesso a recursos e exploração espacial mais profunda que missões lunares bem-sucedidas e outros desenvolvimentos poderiam trazer.

    Os Estados Unidos estão intensificando seu programa lunar, com a Nasa anunciando no mês passado seu plano de pousar astronautas na lua em 2026, um ano atrás de sua programação original. Isso marcaria um feito inédito para os EUA desde suas missões Apollo no final da década de 1960 e início da década de 1970.

    Na semana passada, o módulo lunar comercial Odysseus, desenvolvido pela Intuitive Machines, se tornou a primeira espaçonave fabricada nos EUA a pousar na lua em 50 anos.

    Em janeiro, o explorador robótico “Moon Sniper” do Japão pousou na superfície lunar. O pouso fez do Japão o terceiro país neste século – e o quinto na história – a pousar na lua. A Índia se juntou a essa lista no ano passado.

    Pequim avançou com pousos lunares nos últimos anos com suas missões Chang’e não tripuladas, que fizeram história em 2019 quando a China se tornou o primeiro país a pousar com sucesso no lado distante da lua.

    A próxima missão não tripulada, Chang’e-6, deve ser lançada ainda este ano e trazer de volta as primeiras amostras já coletadas do lado distante da lua.

    A China também espera que suas próximas missões coletem dados para outro objetivo lunar – construir uma estação de pesquisa internacional permanente no polo sul lunar até 2040.