Com quase 200 mil casos, Minas Gerais prepara medidas para combater dengue
No próximo sábado (24), governo deve promover um Dia D de combate ao mosquito Aedes aegypti
O governo de Minas Gerais prepara medidas para combater a epidemia de dengue. Até a última atualização do Ministério da Saúde, o estado tem 192.258 casos prováveis, com uma coeficiência de 936,1 para cada 100 mil habitantes.
Devido ao cenário preocupante, o governo de Minas apresentou na última semana as ações de enfrentamento às arboviroses (dengue, zika e chikungunya). Dentre elas, está a criação de um Dia D para combater o mosquito Aedes aegypti no próximo sábado (24).
O movimento, ao qual já aderiram 160 municípios mineiros de todas as regiões, realizará mutirões comunitários para eliminar os focos de Aedes aegypti.
Estão planejadas ações de mobilização para orientar e conscientizar a população que a responsabilidade diária de manter ambientes dentro das casas é também do cidadão. “Esse é um momento para sensibilizar toda a população e precisamos que todos nos ajudem a disseminar a importância de não deixar entulhos e água parada. É preciso destacar o papel de cada cidadão nesse processo, para que consigamos diminuir os números dessa doença que está nos afligindo muito em 2024”, alertou o secretário de Saúde, Fábio Baccherett.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) contabilizou a destinação de mais de R$ 150 milhões a todos os municípios do estado no enfrentamento às doenças provocadas pelo mosquito Aedes Aegypti.
Sala de hidratação
Para ampliar o atendimento e apoiar a assistência à população, a SES-MG informou que, por meio da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), passa a manter aberta por 24 horas a unidade de hidratação (reposição volêmica) no HJK, na região do Barreiro. O local, aberto em 2 de fevereiro, conta com 21 poltronas para atendimento a pacientes que precisam receber hidratação venosa e 30 cadeiras para hidratação oral.
A unidade de hidratação possui sala de triagem, dois consultórios médicos, duas salas de reposição venosa e espaço para hidratação oral e a capacidade de atendimento pode chegar a até 300 pessoas por dia. A maternidade do HJK também passou a ser referência municipal no atendimento a gestantes com dengue, chikungunya ou zika.
A abertura da unidade de hidratação integra ações previstas no Plano de Contingência da Fhemig para doenças causadas pelo Aedes aegypti, que prevê a ativação progressiva dos serviços, conforme a demanda do município de Belo Horizonte (gestor pleno da saúde) e a situação epidemiológica.
Informações de Daniela Mallmann, da CNN