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    Economia do Japão deve crescer 1% em 2024, projeta FMI

    Recuperação econômica deve seguir no país, mas força do turismo não deve perdurar

    Da CNN*

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou nesta sexta-feira (9) um relatório com a conclusão de uma missão de consultas com o Japão, no âmbito do Artigo IV dos regimentos da instituição internacional.

    O fundo projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) japonês cresça 1% em 2024, e 0,8% em 2025.

    Segundo o FMI, a recuperação econômica deverá continuar no país, mas o crescimento deve desacelerar devido ao “desaparecimento” de fatores que vinham apoiando o desenvolvimento japonês, como o aumento no turismo visto em 2023, que não deve perdurar.

    Sobre a política monetária japonesa, o fundo afirma que o Banco do Japão (BoJ) tem sido “corretamente cauteloso” com a saída das taxas de juros ultra-frouxas, dado o histórico de deflação do Japão e os sinais contraditórios da economia demonstrados por indicadores recentes.

    Mesmo assim, a inflação deve convergir no médio prazo para a meta de 2%, e o regresso de uma inflação sustentada se deve ao maior crescimento do salário base em quase 30 anos, em um contexto de escassez de mão de obra.

    Orientação do FMI

    Na avaliação do Fundo, o BoJ deve considerar o fim do controle da curva de rendimentos e das compras maciças de ativos agora e, em seguida, aumentar gradualmente as taxas de juros de curto prazo.

    À medida que a economia japonesa continua a se recuperar, a demanda doméstica está substituindo os custos crescentes como o principal impulsionador da inflação, com a redução do hiato do produto e a intensificação da escassez de mão de obra.

    “No curto prazo, o foco deve mudar para apertar a política fiscal e reduzir a política monetária não convencional, mantendo a estabilidade financeira”, disse o FMI em um comunicado após sua consulta anual sobre política monetária com o Japão.

    Com a inflação ultrapassando 2% há mais de um ano, o BoJ vem preparando o terreno para encerrar um complexo programa de estímulo que inclui um programa maciço de compra de ativos, chamado de flexibilização quantitativa e qualitativa, uma taxa de juros de curto prazo negativa e controle da curva de rendimentos – uma política que limita as taxas de juros de longo prazo em torno de zero.

    Muitos participantes do mercado esperam que o BOJ encerre as taxas negativas este ano, sendo que o momento mais provável é abril, de acordo com uma pesquisa da Reuters.

    *Com informações de Estadão Conteúdo e Reuters

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