Grã-Bretanha reagirá contra China e Rússia no ciberespaço
EUA continuam sendo a maior potência cibernética do mundo, seguidos pela China, Reino Unido, Rússia e Holanda
A Grã-Bretanha disse que rejeitaria o que considera tentativas da Rússia e da China de estabelecer a soberania nacional, sobre as artérias de comunicação e tecnologias emergentes que moldarão o século XXI.
A Grã-Bretanha descreve a China e a Rússia como rivais estratégicos cuja corrida pelo controle de algumas tecnologias importantes, como inteligência artificial, computação quântica e design de microprocessador, pode ameaçar a segurança ocidental e uma Internet relativamente livre.
“China e Rússia continuam defendendo uma maior soberania nacional sobre o ciberespaço como resposta aos desafios de segurança”, de acordo com a nova Estratégia Cibernética Nacional da Grã-Bretanha a ser publicada na quarta-feira (15).
“Os debates sobre as regras que governam o ciberespaço se tornarão cada vez mais um local de competição sistêmica entre grandes potências, com um choque de valores”, disse o Reino Unido.
Essa competição, disse a Grã-Bretanha, colocará cada vez mais pressão sobre uma internet livre, à medida que grandes potências e grandes empresas de tecnologia promovem visões concorrentes de padrões técnicos e governança da internet.
Os Estados Unidos continuam sendo a maior potência cibernética do mundo, seguidos pela China, Reino Unido, Rússia e Holanda, de acordo com o Belfer Center Cyber 2020 Power Index da Universidade de Harvard.
A China e a Rússia negaram repetidamente as alegações ocidentais de que qualquer um dos dois estaria por trás dos ataques cibernéticos. Tanto Moscou quanto Pequim disseram que o Ocidente não está em posição de dar um sermão sobre hacking ou sobre as tecnologias que decidem desenvolver.
A Grã-Bretanha disse que 6G, inteligência artificial, microprocessadores e uma variedade de tecnologias quânticas, incluindo computação quântica, sensoriamento quântico e criptografia pós-quântica, são prioridades para o desenvolvimento.
Proteger os dados se tornaria mais crucial, disse a Grã-Bretanha.
“Esta infraestrutura é um bem nacional vital”, disse a Grã-Bretanha. “Assumiremos um papel mais importante para garantir que os dados sejam suficientemente protegidos quando processados, em trânsito ou armazenados em grande escala, por exemplo, em centros de dados externos.”