Fora da lista, São Paulo pede doses de vacina contra dengue
A cidade não está entre os 521 municípios brasileiros selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo encaminhou um ofício ao Ministério da Saúde (MS) que reforça a necessidade de receber as doses da vacina contra a dengue para proteger a população. A cidade não está entre os 521 municípios brasileiros selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro.
Até a terceira semana epidemiológica deste ano, atualizados nesta segunda-feira (29), foram confirmados 1.792 casos de dengue em residentes do município de São Paulo, sem nenhum óbito registrado por dengue até o momento.
As cidades da lista compõem 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. No estado de São Paulo, onze cidades devem receber os imunizantes: Guarulhos, Suzano, Guararema, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes, Poá, Arujá, Santa Isabel, Biritiba-Mirim e Salesópolis.
As regiões selecionadas atendem a três critérios do ministério: são formadas por municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023–2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2, a dengue tipo 2.
O público que receberá a vacina será composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas e deve ser iniciado a partir de fevereiro, com o recebimento das doses pelos municípios.
A SMS informa que a cidade de São Paulo tem taxa de incidência de dengue menor que a média dos demais municípios e a média nacional nos últimos anos. Em 2023, por exemplo, o município registrou uma média de 119 casos da doença por 100 mil habitantes, enquanto a média do país foi de 817 casos por 100 mil habitantes.
A prefeitura ainda diz que aumentou o número de agentes nas ruas para o combate da doença, que passou de 2 mil para 12 mil e adquiriu mais de 15 mil litros de inseticidas para a nebulização (fumacê) contra o mosquito Aedes aegypti.
Também houve ampliação da frota de veículos para transporte dos agentes com 113 minivans, 30 novos equipamentos de nebulização veicular e aquisição e distribuição de 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicida em todas as regiões da cidade, com histórico de maior incidência de casos da doença.
Neste ano, foram realizadas 256.127 mil ações de prevenção ao Aedes aegypti na cidade, em 2023, foram 5.317.437 ações, tais como: visitas casa a casa, vistorias a imóveis e pontos estratégicos, ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, orientações à população, entre outras atividades.
*(Sob supervisão de André Rigue)