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    Líder da extrema direita francesa é pego pelo pescoço durante briga em comício

    Eric Zemmour, candidato à presidência da França, foi agarrado pelo pescoço durante evento organizado por seus apoiadores

    Da Reuters

    O jornalista e candidato da extrema direita francesa Eric Zemmour foi pego pelo pescoço, no domingo (5), em uma briga durante o evento de lançamento de sua campanha à presidência da França, em 2022.

    Enquanto Zemmour se movia pela multidão em direção ao palco para fazer seu discurso, um homem se lançou e agarrou o candidato pelo pescoço em um ato que durou apenas uma fração de segundos, até que fosse abordado pelos seguranças e colocado sob custódia pela polícia.

    Embora Zemmour tenha feito seu discurso, sua equipe disse depois que ele se feriu no incidente e que um médico pediu um descanso de nove dias, informou o jornal Le Monde.

    Zemmour promete a “reconquista”

    O jornalista francês prometeu, durante o seu primeiro comício político, uma “reconquista” do país depois do que chamou de décadas de declínio.

    “Se eu ganhar esta eleição, não será outra rotação de poder, mas uma reconquista do maior país do mundo”, disse Zemmour em um discurso de quase uma hora e meia.

    A expressão  evoca o período histórico conhecido como “Reconquista”, quando as forças cristãs expulsaram governantes muçulmanos da Península Ibérica.

    Com ecos da primeira campanha de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos, Zemmour prometeu vetar a imigração e acabar com alguns impostos, o que causou uma efusiva onde da aplausos de seus 15 mil apoiadores presentes, segundo os organizadores. A contagem da Reuters estima cerca de 10 mil presentes.

    Briga

    Apoiadores de Zemmour deram socos e cadeiradas em vários manifestantes vestindo camisetas antirracismo e que tentavam se levantar enquanto Zemmour fazia seu primeiro discurso desde que declarou sua candidatura.

    Cinco manifestantes ficaram feridos, disse a associação.

    Antes do início da manifestação, a polícia prendeu várias dezenas de manifestantes contrários ao candidato de extrema direita, e perseguiu outros nos arredores do gigantesco salão de convenções, ao norte de Paris.

    Centenas de manifestantes também marcharam em Paris contra o candidato e suas bandeiras.

    O comentarista francês de extrema direita Éric Zémmour, em Londres / 19/11/2021 REUTERS/Tom Nicholson

    Zemmour encerrou semanas de especulações sobre uma candidatura à presidência na terça-feira (30), declarando sua candidatura em um vídeo online.

    Um dos líderes da extrema direita francesa, Zemmour foi condenado por incitar o ódio racial.

     

    Ele é o principal adversário de outra representante dessa fração política na França, Marine Le Pen, por um lugar no segundo turno da eleição de abril próximo, provavelmente contra o presidente Emmanuel Macron.

    Conhecido por declarações provocativas contra o Islã e a imigração, ele conquistou o apoio tanto da base eleitoral de Le Pen quanto da direita conservadora tradicional.

    Disse que visa zerar a imigração se for eleito e cortar impostos para a classe trabalhadora e as empresas, ao mesmo tempo que elimina o imposto de herança sobre as empresas familiares.

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    Também disse que retiraria a França do comando militar integrado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

    Zemmour cortejou partidários desiludidos dos conservadores tradicionais, descrevendo como seu “amigo” o direitista Eric Ciotti, que se saiu muito melhor do que o esperado nas eleições primárias de centro-direita do Les Republicains.

    Ciotti acabou perdendo para mais moderado chefe da região metropolitana de Paris, Valerie Pecresse, em um segundo turno no sábado (04).

    Em um comício político menor, o candidato da extrema esquerda Jean-Luc Melenchon recuou contra a guinada da direita, dizendo aos partidários: “Não, a França não tem tudo a ver com a extrema direita, a França também tem a ver com seguridade social, saúde pública.”

    (Texto traduzido. Leia o original aqui.)

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